Nesta terça-feira (2/7), a Americanas S.A., que está em recuperação judicial, divulgou informações importantes sobre a destinação de recursos financeiros obtidos através do direito de preferência no aumento de capital social da empresa por meio de Fato Relevante ao mercado. A Assembleia Geral Extraordinária aprovou o aumento no último dia 21 de maio. Até o momento, a empresa levantou R$ 12.107.093,70, sem considerar as ações subscritas pelos acionistas de referência e suas afiliadas.
A Americanas e suas subsidiárias usarão a quantia para pagar antecipadamente ou reduzir parte das debêntures não conversíveis em ações. Essa ação está de acordo com o Plano de Recuperação Judicial, homologado em 26 de fevereiro de 2024. Este plano envolve as subsidiárias JSM Global S.Á.R.L., B2W Digital Lux S.Á.R.L. e ST Importações Ltda., todas em recuperação judicial.
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A Americanas também divulgou a composição acionária preliminar, sem incluir as ações que ainda podem ser subscritas. Atualmente, os acionistas de referência e suas afiliadas detêm 49,2% do capital social, os credores possuem 47,6%, e os demais acionistas têm 3,2%.
Além disso, a empresa detalhou o pagamento aos credores financeiros que escolheram a Opção de Reestruturação II após o leilão reverso. Eles receberão novas ações ordinárias, debêntures e pagamento em dinheiro conforme os percentuais acordados no Plano de Recuperação Judicial.
Prisão de Ex-CEO e Ex-Diretora
Na última semana, aconteceu o pedido de prisão contra dois ex-executivos da Americanas. As autoridades em Madri, na Espanha, prenderam Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, como parte da Operação Disclosure. Na sexta-feira (28/07), Gutierrez apresentou-se voluntariamente às autoridades para prestar depoimento. Ele afirmou que as acusações contra ele baseiam-se em “delações mentirosas”. As investigações continuam, apontando sua participação na grande fraude contábil.
No dia 29 de junho, a defesa de Gutierrez afirmou que ele está colaborando com as autoridades desde 2023. Ele está pronto para contestar as acusações de fraude contábil no valor de R$ 25,3 bilhões. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado na manhã de sábado.
No domingo (30/06), Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora da Americanas, voltou ao Brasil, cumprindo uma ordem judicial que evitou sua prisão preventiva. Ela entregou seu passaporte às autoridades, que a proibiram de deixar o país até que concluam as investigações. O juiz Márcio Muniz Da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, considerou essa medida uma “solução consensual”, alinhada com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
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Composição Acionária e Próximos Passos
A Americanas com o aumento de capital enfatizou que a tabela de composição acionária divulgada é preliminar, sendo apenas um retrato resumido das subscrições realizadas até a data atual. Os acionistas de referência e suas afiliadas detêm a maior parte das ações, seguidos pelos credores e demais acionistas. O cenário pode mudar à medida que novas subscrições forem realizadas.
A empresa também destacou a importância de manter os credores informados sobre a entrega das novas ações, debêntures e pagamentos em dinheiro. Eles devem informar os credores conforme os percentuais definidos no Plano de Recuperação Judicial.
Segundo a empresa “A transparência é essencial para restaurar a confiança dos investidores e garantir a continuidade do processo de recuperação”.
