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Alta dos preços das commodities eleva inflação no Brasil, veja análise de Geldo Machado

Preços das commodities influenciam inflação, com destaque para agropecuárias, metais e energia.
Commodities influenciam inflação Brasil
Empresário Geldo Machado, presidente do SINFAC (CE.PI.MA.RN) e do Grupo financeiro ValorizCred. (Foto: Renato Villar)

Os preços das matérias-primas, que influenciam diretamente a inflação, aumentaram 19,34% no primeiro semestre deste ano. Segundo o Índice de Commodities Brasil (IC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira, 10. Apenas em junho, a alta foi de 5,51%, refletindo um aumento significativo no custo de diversos produtos.

Em comparação internacional, o índice CRB, medido em dólares, registrou um aumento de 4,64% em junho. Isso mostra uma tendência global de alta nos preços das commodities. O IC-Br acumulou uma alta de 19,34% no ano e 19,33% em 12 meses, após uma queda de 12,28% em 2023. Entre os segmentos, os preços das commodities agropecuárias subiram 17,16% no ano e 16,43% em 12 meses. Os metais aumentaram 30% e 28,33%, respectivamente, e a energia subiu 17,96% e 21,66%.

Impacto nos Segmentos de Commodities

As commodities metálicas registraram o maior aumento no índice, com uma alta de 30% no ano. Esse cálculo inclui metais como alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo, níquel, ouro e prata. O empresário Geldo Machado (foto), presidente do SINFAC (CE.PI.MA.RN) e do Grupo Valorizecred, destacou o aumento da poupança em ouro, especialmente na Ásia. O cobre também teve um impacto significativo devido ao crescimento do uso da inteligência artificial. Esse crescimento aumenta a demanda pelo cobre, que é conhecido por sua alta condutividade e eficiência energética.

“O mercado de commodities está em uma fase de alta devido a diversos fatores, incluindo a recuperação econômica global e a crescente demanda por metais, especialmente o cobre, essencial para tecnologias emergentes como a inteligência artificial. A poupança em ouro, principalmente no mercado asiático, também tem um papel importante nessa alta. Além disso, o comportamento da política global de juros será crucial para determinar a trajetória dos preços nos próximos meses. Se os juros nos países desenvolvidos forem reduzidos, podemos esperar um impacto direto nos preços das commodities”, comentou Machado.

Influências Climáticas e Econômicas

As commodities agropecuárias, como carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, arroz, café, suco de laranja e cacau, subiram 17,16% no ano. No segundo trimestre, registraram alta de 7,78%. O Relatório de Inflação (RTI) apontou a seca na Rússia como um dos principais fatores. A quebra de safra no Brasil também impactou os preços. Além disso, a seca no Vietnã e as chuvas excessivas na Costa do Marfim influenciaram as cotações.

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Energia e Demanda

As commodities energéticas, como petróleo Brent, gás natural e carvão, tiveram um aumento de 17,96% no acumulado do ano, 6,05% em junho e 11,50% no trimestre. O Relatório de Inflação apontou que a forte alta do gás natural nos Estados Unidos, devido ao aumento da demanda, foi um dos principais fatores para essa elevação nos preços.

Para o restante do ano, Geldo Machado destaca que o comportamento da política global de juros será um ponto crucial para os preços das commodities.

“A expectativa é que mudanças nas taxas de juros nos países desenvolvidos possam afetar diretamente os preços e a dinâmica das commodities no mercado global”, comentou o ex-banqueiro.

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