O início de 2024 é marcado por uma produção recorde de soja e outros grãos. Isto por influência de eventos climáticos extremos. Desde 2023, tais eventos têm causado preocupações globais devido a temperaturas anormais.
Especialistas apontam que o El Niño já começou a afetar as lavouras de milho e soja no Brasil. Enquanto isso, invernos rigorosos na Rússia podem impactar a produção de trigo. Além disso, o gás natural enfrenta desafios com as sanções econômicas contra a Rússia e as baixas temperaturas no meio-oeste dos Estados Unidos, aumentando a demanda.
Recessão econômica: impacto nas commodities
As previsões econômicas globais para 2024 continuam pessimistas. Os Estados Unidos, com o foco nas ações do Federal Reserve (Fed), e a China, com seu setor imobiliário turbulento, são peças-chave neste cenário.
Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, destaca ao The Economist a dependência das commodities, especialmente petróleo e minério de ferro, em relação às notícias da China.
Conflitos globais e o mercado de petróleo
Os conflitos entre Rússia e Ucrânia e no Oriente Médio, especialmente envolvendo o Hamas e Israel, continuam sendo centrais para o mercado de commodities em 2024.
Jorge León, da Rystad, consultado pelo The Economist, sugere que eventos como combates no Mar Vermelho poderiam elevar os preços do petróleo em até 15%, apesar do aumento na produção por países fora da Opep+.
Conclusão
Apesar da aparente estabilidade inicial em 2024, o mercado de commodities enfrenta uma série de desafios. A interação entre eventos climáticos, a economia global e conflitos internacionais sugere um futuro incerto para esses mercados vitais.