O Ibovespa continua em alta e fechou pela 10ª vez consecutiva em território positivo, marcando um avanço de 0,47% e atingindo 128.896,98 pontos. O resultado representa a maior sequência de ganhos desde o fim de 2017 e o início de 2018. Na época, o índice subiu por 11 sessões seguidas. Sendo assim, na semana, o Ibovespa acumulou um ganho de 2,09%.
Em paralelo, o dólar à vista (USBRL) encerrou a sessão com uma baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311. No acumulado semanal, a moeda norte-americana apresentou uma queda de 0,57%.
No cenário doméstico, as atenções se voltaram para as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante o evento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O ministro afirmou que a expansão fiscal atualmente não é adequada para o Brasil. Além disso, ele afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a cortar gastos primários para ajustar as contas públicas.
Adicionalmente, novos dados econômicos influenciaram os investidores. O volume do setor de serviços em maio permaneceu estável em comparação com abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), superando a expectativa de uma queda de 0,7%. Na comparação anual, o setor cresceu 0,8%, considerando o ajuste pela inflação.
Tendências e Eventos Externos
No exterior, os investidores focaram no índice de inflação ao produtor dos Estados Unidos, que ficou acima das expectativas, mas não alterou as previsões de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro, que se mantiveram acima de 90%. A temporada de balanços do segundo trimestre também começou, além da corrida presidencial norte-americana que continua no radar.
Movimentações no Ibovespa
Entre os destaques negativos do Ibovespa, as ações da Ambipar (AMBP3) caíram mais de 16% devido a um movimento de realização de lucros. O acionista e CEO Tércio Borlenghi Junior aumentou a participação na empresa para 73%, o que resultou em uma alta acentuada dos papéis anteriormente.
As ações da Isa Cteep (TRPL4) também lideraram as perdas, pressionadas pela notícia de que a Eletrobras (ELET3) realizará uma oferta secundária de até 130 milhões de ações da transmissora de energia. A operação faz parte da estratégia da Eletrobras de simplificação de portfólio e venda de participações minoritárias e não estratégicas, com a definição do preço prevista para 18 de julho.
Por outro lado, entre os maiores ganhos, as ações da B3 (B3SA3) se destacaram, subindo mais de 3% após a divulgação de dados operacionais. Apesar da redução no número de investidores e no volume médio diário, analistas do Goldman Sachs e do Citi ressaltaram o desempenho positivo no segmento de derivativos.
As ações da Vale (VALE3) também subiram mais de 1%, impulsionadas pelo aumento do preço do minério de ferro em Dalian, na China. A mineradora também anunciou um acordo com a BHP referente a ações coletivas no Reino Unido e na Holanda, relacionadas ao rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.
Por fim, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram, acompanhando a tendência de queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
