Publicidade

Ibovespa sobe 0,19% com estímulo da China

Relatório de receitas e despesas é destaque

Ibovespa
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

Impulsionado pelo estímulo ao risco gerado por medidas econômicas na China, o Ibovespa (IBOV) encerrou a sequência de duas quedas consecutivas, fechando em alta de 0,19% nesta segunda-feira (22), aos 127.859,63 pontos. Paralelamente, o dólar à vista (USBRL) recuou 0,60%, sendo cotado a R$ 5,5701 no fim do pregão.

O principal destaque no cenário doméstico foi a publicação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. O documento confirmou o bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano, uma medida necessária para atender às exigências do novo arcabouço fiscal, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quinta-feira (18). No entanto, o detalhamento do bloqueio será divulgado na próxima terça-feira (30).

No cenário internacional, a decisão do presidente Joe Biden de desistir da reeleição e o anúncio inesperado de corte de juros na China aumentaram o apetite ao risco dos investidores. A China, segunda maior economia mundial, reduziu as taxas de juros de curto e longo prazo, buscando impulsionar o crescimento econômico, poucos dias após uma reunião da liderança do Partido Comunista.

Movimentações do Ibovespa

Entre os destaques do dia, as ações da Ambipar (AMBP3) subiram mais de 9%, acumulando um ganho superior a 130% no mês. O aumento na participação acionária de Tércio Borlenghi Junior, CEO da empresa, para 73,13% do capital, foi um fator decisivo para essa valorização. Segundo o relatório da Ativa Investimentos, a Ambipar possui a segunda maior taxa de aluguel do mercado, com 187%.

A Sabesp (SBPS3) liderou as negociações, refletindo o impacto da oferta de privatização que se finaliza ainda hoje. A entrada de investidores estrangeiros nessa privatização também influenciou a queda do dólar.

 

 

No lado positivo, LWSA (LWSA3) e Lojas Renner (LREN3) lideraram os ganhos, beneficiadas pela redução na curva de juros. Em contrapartida, Embraer (EMBR3) teve uma queda de mais de 7%, influenciada pela realização de lucros recentes e pela desvalorização do dólar frente ao real.

Desempenho de Petrobras e Vale

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram devido à queda no preço do petróleo. A estatal também sofreu pressão pela notícia de que a Unigel exige uma indenização por perdas em duas fábricas de fertilizantes arrendadas da Petrobras, conforme reportado pela Reuters.

A Vale (VALE3) seguiu o movimento negativo do minério de ferro na China. Por fim, a empresa encerrou o dia com uma leve queda.