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Ricardo Cavalcante participa de debate sobre hidrogênio verde no Ceará

Parcerias e investimentos impulsionam a transição energética

FIEC - Ceará
(Imagem: divulgação/FIEC)
FIEC - Ceará
(Imagem: divulgação/FIEC)

Ricardo Cavalcante, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), participou do TCE Debate, promovido pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE). O evento, conduzido pelo presidente do TCE, Rholden Queiroz, e pelo conselheiro corregedor Edilberto Pontes, abordou as perspectivas e desafios da produção de hidrogênio verde (H2V) no Ceará. O encontro também contou com a presença do senador Cid Gomes e do diretor executivo jurídico do Complexo do Pecém, Juvêncio Viana.

Durante o debate, os participantes discutiram os esforços da indústria e do governo para implantar o Hub de Hidrogênio Verde no Ceará, além de aprovar uma legislação específica para regulamentar a produção deste combustível de baixa emissão de carbono e incentivar o setor. Ricardo Cavalcante destacou a importância da transição energética em um cenário global de mudanças climáticas, apontando o Ceará como um líder mundial na geração de energias renováveis.

“Nos próximos dez anos, esse tema será central para o Estado. Precisamos descarbonizar o planeta e alterar nossos métodos de produção. O Ceará, com o Hub de Hidrogênio Verde, desempenhará um papel importante nesse processo”, enfatizou Ricardo Cavalcante.

Lançado em 2021, o Hub de Hidrogênio Verde resulta de uma parceria entre a FIEC, o Governo do Estado, o Complexo do Pecém e a Universidade Federal do Ceará (UFC). Até agora, 38 empresas assinaram memorandos de entendimento para operar na região, com investimentos anunciados que chegam a R$ 30 bilhões.

Ricardo Cavalcante mencionou que o Ceará precisará desenvolver novas tecnologias. Além disso, pontuou que o estado precisa formar profissionais qualificados para atuar no setor. Ele prevê que a indústria de H2V demandará mais de 50 mil trabalhadores nos próximos anos.

“Essa transformação é importante para o Estado, principalmente para a população, que precisará ser capacitada para novos empregos. Este é um grande desafio para a Federação, que, através do SESI e do SENAI Ceará, qualificará os profissionais para essa indústria”, completou.

Apoio e reconhecimento do setor público

Rholden Queiroz e Edilberto Pontes, do TCE, elogiaram o trabalho da FIEC e de Ricardo Cavalcante na implantação do Hub no Ceará, destacando a importância da colaboração entre o setor público, a iniciativa privada e a academia.

“O Ceará tem condições climáticas ideais e uma infraestrutura energética forte para a produção de hidrogênio verde. Além desses fatores, temos a coesão entre política, economia e academia, trabalhando juntas para estabelecer o Estado como um centro de inovação energética”, afirmou Rholden Queiroz.

Com a recente aprovação do projeto de lei que estabelece o marco legal para o hidrogênio de baixo carbono, Edilberto Pontes destacou a importância de fortalecer o debate sobre a transição energética.

A transição energética, com o hidrogênio verde como elemento central, é uma agenda global. Por isso, trouxemos atores relevantes para discutir o tema, como o senador Cid Gomes, o diretor do Porto do Pecém, Juvêncio Viana, e Ricardo Cavalcante, que tem liderado essas discussões“, afirmou.

Investimento e regulamentação

Cid Gomes, presidente da comissão especial de hidrogênio verde no Senado Federal, apresentou a proposta de regulamentação do setor. O projeto, já aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, aguarda sanção presidencial.

“O projeto trata do hidrogênio de baixa emissão de carbono. Países como a Alemanha estão dispostos a subsidiar essa produção. O Ceará, com suas condições naturais e infraestrutura, é o local ideal para atrair grandes investimentos”, explicou Cid Gomes.

Transição energética

Juvêncio Viana, diretor executivo jurídico do Complexo do Pecém, ressaltou que as condições naturais favoráveis e os esforços para criar um ambiente propício aos investimentos destacam o Ceará na transição energética.

“Desde 2017, o Governo do Estado vem implementando hubs aéreos, de cabos e portuários, preparando o cenário para a transição energética. É uma mudança de paradigma, mas estamos todos empenhados em fazer essa migração para uma energia verde”, concluiu.

O Ceará está em uma posição privilegiada para liderar a produção de hidrogênio verde, graças às suas condições naturais, infraestrutura robusta e esforços colaborativos entre governo, indústria e academia. A transformação energética não só beneficiará o meio ambiente, mas também criará novas oportunidades de emprego e desenvolvimento econômico para o Estado.