A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) formalizou um empréstimo de R$ 1,1 bilhão com o New Development Bank (NDB), o banco do BRICS. Este é o primeiro empréstimo desse tipo na história da Compesa. A cerimônia de oficialização ocorrerá nesta segunda-feira (29), às 18h, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, com a presença da governadora Raquel Lyra.
Histórico e aprovação do empréstimo do BRICS junto à Compesa
O Senado Federal aprovou a operação de crédito em outubro do ano passado, contando com a relatoria e articulação do senador Fernando Dueire (MDB). Alex Campos, presidente da Compesa, acompanhou a votação pessoalmente. O empréstimo será utilizado no Programa Expansão do Saneamento de Pernambuco (PEX/PE), reforçando a infraestrutura de abastecimento de água no estado.
A cerimônia de assinatura, marcada para as 18h30 no Palácio do Campo das Princesas, contará também com a formatura de 12 mulheres capacitadas no Curso de Encanadora, promovido pela Compesa.
Importância do empréstimo
A oficialização deste empréstimo representa um marco na história da Compesa, possibilitando a realização de obras essenciais para o abastecimento de água em Pernambuco. Com este investimento, a Compesa visa mitigar os problemas de racionamento severo que afetam cerca de 6 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE.
Fabrício Marques, secretário de Planejamento de Pernambuco, destacou que o governo estadual já investiu R$ 300 milhões em contrapartidas para ampliação da oferta de água. A expectativa é atrair cerca de R$ 20 bilhões em investimentos nos próximos oito anos, atendendo às metas de universalização do saneamento até 2033.
Além dos recursos do NDB, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal também contribuirá para esses projetos. A recente concessão da distribuição da Sabesp, em São Paulo, serve de exemplo para Pernambuco, que estuda a concessão da distribuição e esgotamento sanitário enquanto mantém a Compesa focada na produção de água bruta.
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Desafios e soluções
O Estado de Pernambuco ocupa a segunda posição em insegurança hídrica no Brasil. As ações imediatas incluem a produção de água pela Compesa e uma solução estrutural de médio prazo com investimentos privados. Essas medidas visam não apenas mitigar o problema a curto prazo, mas também garantir resultados sustentáveis a longo prazo.
