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Ibovespa recua 0,65% puxado por Petrobras (PETR3; PETR4)

Petrobras cai 2,60% e pressão inflacionária afeta mercado

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Ibovespa recua 0,65% puxado por Petrobras / (Foto: Pixabay /Pexels).
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Ibovespa recua 0,65% puxado por Petrobras / (Foto: Pixabay /Pexels).

Nesta segunda-feira, 29, o Ibovespa registra uma queda de 0,65%, atingindo 126.659 pontos, influenciado principalmente pelo desempenho negativo da Petrobras (PETR3; PETR4), cujas ações caíram 2,59% e 2,60%, respectivamente. A desvalorização da petroleira ocorre em meio à queda dos preços do petróleo no mercado internacional, com o tipo WTI recuando 1,40% e o Brent caindo 1,44% às 12h. 

Além disso, investidores estão atentos ao relatório de produção e vendas da Petrobras referente ao segundo trimestre deste ano, que será divulgado após o fechamento do mercado. A notícia de que a empresa fez uma oferta não vinculante para adquirir uma operação e uma participação em um bloco exploratório na Namíbia também aumentou a percepção de risco entre os investidores, podendo impactar negativamente as expectativas de dividendos.   

Perspectivas inflacionárias e política monetária  

Outro fator que contribui para a queda do Ibovespa é a revisão para cima das expectativas inflacionárias pelo Banco Central (BC). O Boletim Focus desta segunda-feira trouxe um aumento na projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, de 4,05% para 4,10%. Essa é a segunda alta desde que o BC interrompeu uma sequência de nove semanas de aumentos, no dia 15 de julho. 

As previsões para 2025 também foram revisadas, subindo de 3,90% para 3,96%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 permaneceram inalteradas em 3,60% e 3,50%, respectivamente. Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a piora nas expectativas inflacionárias pode pressionar o BC a adotar uma postura mais rígida na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrerá na quarta-feira, 31. 

Leia também: Vale anuncia pagamento de de R$8,84 bilhões em JCP.

Expectativas para a Selic e a política monetária global 

Embora poucos esperem uma alta imediata na taxa Selic, alguns agentes de mercado acreditam que o BC possa adotar um tom mais firme em seu comunicado, indicando a possibilidade de aumento dos juros até o final do ano. Esta percepção é refletida na curva futura de juros, que precifica um cenário mais pessimista para a economia brasileira. 

A reunião do Copom coincide com as decisões de política monetária do Federal Open Market Committee (Fomc) nos Estados Unidos, do Banco do Japão (BoJ) e do Banco da Inglaterra (BoE), que também ocorrem nesta semana. 

Desempenho do dólar e cenário fiscal 

O dólar opera em alta de 0,09% nesta segunda-feira, sendo cotado a R$ 5,664. Na última sessão, a moeda americana fechou com um aumento de 0,18%, a R$ 5,657. Apesar da leve alta, as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de domingo, 28, sobre o compromisso com a responsabilidade fiscal, ajudam a reduzir o risco percebido pelo mercado, podendo estabilizar a taxa de câmbio ao longo do dia.