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Petrobras enfrenta queda de ações de 3%

Petrobras (PETR3; PETR4) inicia semana em baixa e incertezas sobre suas operações e o mercado global de petróleo

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Preço do petróleo cai com temores sobre demanda global /(Foto: umaraffran499/Pexels).
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Preço do petróleo cai com temores sobre demanda global /(Foto: umaraffran499/Pexels).

Nesta segunda-feira, 29 de julho, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) registraram queda. Às 13h40 (horário de Brasília), PETR3 estava com uma desvalorização de 3,50%, cotada a R$ 39,42, enquanto PETR4 caiu 2,92%, sendo negociada a R$ 36,54. A forte baixa nos papéis da estatal se deve a uma combinação de fatores internos e externos que estão influenciando o desempenho da empresa. 

Queda dos Preços do Petróleo 

A pressão sobre as ações da Petrobras acompanha a queda nos preços internacionais do petróleo. Os futuros do Brent, que são negociados para entrega em setembro, recuaram US$ 1,39, atingindo US$ 79,74 por barril, o que representa uma perda de 1,7%. Da mesma forma, o WTI, petróleo dos EUA, caiu US$ 1,40, cotado a US$ 75,76 por barril, uma diminuição de 1,8%. A queda nos preços do petróleo é atribuída a recentes declarações de autoridades israelenses que buscam evitar uma escalada do conflito no Oriente Médio, especificamente nas Colinas de Golã. 

Expectativas para o cenário futuro 

A Petrobras está no centro das atenções do mercado financeiro devido à divulgação dos dados de produção do segundo trimestre, que ocorrerá após o fechamento do mercado nesta segunda-feira. Essa divulgação pode oferecer uma prévia dos resultados financeiros da empresa para a próxima semana, influenciando ainda mais a percepção dos investidores. 

 Além disso, a Petrobras está sendo observada por sua recente oferta não vinculante para adquirir uma participação no bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, na Namíbia. A XP Investimentos considera a notícia neutra, destacando a incerteza quanto à prevalência da oferta da Petrobras em um cenário com diversas empresas concorrentes. No entanto, a XP vê positivamente a alocação de capital da companhia para o upstream, reforçando sua posição como uma das líderes globais em exploração de águas profundas. Por outro lado, a Genial expressa preocupação de que essa operação possa impactar negativamente os dividendos da estatal, um ponto sensível para muitos investidores. 

Leia também: Ibovespa recua 0,65% puxado por Petrobras.

Desafios e Possíveis Aquisições 

Outro ponto relevante no radar dos investidores é a potencial recompra da refinaria de Mataripe (BA) pela Petrobras. A estatal pode optar por adquirir a totalidade da refinaria, ao invés da participação inicial de 80% prevista. Embora a aquisição completa possa ser estratégica, ela gera preocupações sobre o impacto no pagamento de dividendos. De acordo com análises, se a Petrobras adquirir a refinaria pelo mesmo preço de venda anterior (US$ 1,8 bilhão), a estimativa de dividend yield para o restante de 2024 poderia diminuir de 7,7% para 7,3%.