O Bank of America (BofA) foi rápido em ajustar sua recomendação para as ações da Usiminas, rebaixando de “neutro” para “venda” e reduzindo o preço-alvo de R$ 9 para R$ 6. Esta decisão gerou um impacto significativo no desempenho das ações da empresa.
Impacto Imediato no Mercado
Na segunda-feira, 29 de julho, as ações da Usiminas caíram mais de 5% no Ibovespa, encerrando o dia com uma queda de 4,42% a R$ 6,05. Às 11h25, os papéis já registravam uma queda de 4,58%, sendo cotados a R$ 6,04. No acumulado do ano, a Usiminas já apresentou uma desvalorização de 32% na B3.
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Conflito Judicial com a CSN
Além dos resultados financeiros, a Usiminas está envolvida em uma disputa judicial com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A Justiça determinou que a CSN deve reduzir sua participação na Usiminas. A participação deve diminuir de 12,9% para menos de 5% do capital social. Essa informação foi enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) através de um fato relevante.
Histórico da Disputa
A disputa judicial começou com um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) firmado entre a CSN e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2014. O acordo exigia que a CSN vendesse suas ações da Usiminas, reduzindo sua participação para menos de 5% em cinco anos. Contudo, esse prazo não foi cumprido. Em 2022, três anos após o vencimento do prazo, o Cade alterou a determinação. O Cade permitiu que a CSN mantivesse sua participação, desde que não usasse as ações para exercer direitos políticos.
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Decisão Judicial Recente
A decisão judicial recente obrigou a CSN a cumprir o desinvestimento, estipulando um prazo de um ano para a venda das ações, que venceu em 29 de junho de 2024. Segundo a Usiminas, a CSN não cumpriu essa decisão judicial. O caso corre em segredo de justiça, mas a Folha de S. Paulo informou que a Usiminas está buscando manter os efeitos do termo de compromisso original.
O cenário para a Usiminas é desafiador, com impactos financeiros e legais que continuam a pressionar a empresa. A combinação de resultados trimestrais decepcionantes e conflitos judiciais com a CSN mantém a empresa sob forte escrutínio do mercado.