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Atividade industrial na China atinge nível mais baixo em 5 meses

PMI em julho mostra desafios para a economia chinesa

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Atividade industrial na China atinge nível mais baixo em 5 meses /(Foto: Chevanon/Pexels).
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Atividade industrial na China atinge nível mais baixo em 5 meses /(Foto: Chevanon/Pexels).

A atividade industrial da China atingiu seu nível mais baixo em cinco meses em julho, conforme revelado por uma pesquisa oficial divulgada nesta quarta-feira, 31. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Escritório Nacional de Estatísticas contraiu pelo terceiro mês consecutivo, caindo de 49,5 em junho para 49,4 em julho. Esse valor está abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração, embora tenha superado ligeiramente a previsão de 49,3 feita pela Reuters.  

Com a demanda doméstica enfrentando dificuldades significativas e as pressões externas decorrentes das tensões comerciais se intensificando. Esses desafios têm impedido a economia chinesa de atingir o crescimento esperado no segundo trimestre de 2023. A pesquisa também revelou que os preços de fábrica foram os mais baixos dos últimos 13 meses, e o subíndice de emprego permaneceu negativo, destacando a economia doméstica enfraquecida e a crescente dependência das exportações. 

Leia também: Petrobras e Prio participam de leilão do pré-sal nesta quarta (31).

Impacto das condições climáticas 

As expectativas de que fortes exportações poderiam desencadear uma recuperação econômica mais ampla foram frustradas em julho devido a condições climáticas extremas. Enchentes e altas temperaturas prejudicaram as linhas de produção, conforme relatado pelo estatístico sênior Zhao Qinghe. O subíndice de novos pedidos de exportação contraiu pelo terceiro mês seguido, sugerindo que os fabricantes continuaram a reduzir os preços para impulsionar os embarques. 

Desempenho do setor não manufatureiro 

Além da atividade industrial, o PMI oficial do setor não manufatureiro, que inclui serviços e construção, também desacelerou em julho, caindo para 50,2 em comparação com 50,5 no mês anterior. A prolongada crise imobiliária e a insegurança no emprego têm impactado negativamente o crescimento, mantendo as expectativas de que as autoridades precisarão liberar mais estímulos. 

Expectativas do mercado

Esse cenário mantém vivas as expectativas de que as autoridades chinesas precisarão adotar medidas de estímulo adicionais para enfrentar a crise prolongada no setor imobiliário e a insegurança no emprego, afetando diretamente o crescimento econômico do país. O Brasil, principal parceiro econômico do gigante asiático na América Latina, teve uma balança comercial favorável em negociações, atingindo U$22 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Apesar da baixa na atividade industrial, a tendência é de que o intercâmbio comercial entre os países cresça, aprofundando parcerias estratégicas.