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Gustavo Defendi avalia custo da cesta básica em São Paulo em julho

Custo da cesta básica em São Paulo diminui, mas salário mínimo ainda não acompanha inflação.
Preço da cesta básica em São Paulo Julho.
(Foto: LinkedIn)

O custo da cesta básica em São Paulo registrou uma queda de 2,75% em julho de 2024, refletindo uma tendência de redução nos preços dos alimentos essenciais em todo o Brasil, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Queda no Custo da Cesta Básica

Em julho, o preço da cesta básica em São Paulo caiu para R$ 809,70, acompanhando a tendência de redução observada em outras 17 capitais monitoradas pelo DIEESE. Apesar dessa diminuição, São Paulo continua sendo a capital com o custo mais elevado da cesta básica. Florianópolis e Porto Alegre aparecem logo em seguida, com valores de R$ 782,73 e R$ 769,96, respectivamente. Isso mostra que essas cidades também têm altos custos.

Tendências Regionais

A pesquisa do DIEESE revela que Rio de Janeiro (-6,97%), Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%) registraram quedas. Nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta básica é diferente, Aracaju apresentou o menor valor, R$ 524,28. Recife e João Pessoa apresentaram os valores de R$ 548,43 e R$ 572,38, respectivamente.

Leia Também: Cesta básica: preço cai em 15 capitais do Brasil

Impacto no Salário Mínimo

Apesar da redução nos preços, o DIEESE estimou que o salário mínimo necessário para cobrir as necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 6.802,88, o que corresponde a 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412,00. Este valor é uma redução em relação ao estimado em junho, quando o mínimo necessário era de R$ 6.995,44. Em julho, o trabalhador precisou comprometer 51,66% do seu salário líquido para comprar a cesta básica, uma leve melhora em relação a junho, quando o comprometimento era de 54%.

Análise de Especialistas

Gustavo Defendi, sócio-diretor da Real Cestas, atribui a queda nos preços a fatores sazonais e a medidas econômicas específicas. Ele destaca que, embora a redução traga alívio, ela não compensa o aumento acumulado de 6,41% no custo da cesta básica em 2024. A alta foi registrada nos primeiros sete meses do ano. Defendi também aponta para a necessidade de políticas mais robustas para garantir o poder de compra dos trabalhadores, especialmente em um contexto onde o salário mínimo não acompanha a inflação dos alimentos.

“Embora a queda no preço da cesta básica seja um dado positivo, ela evidencia a defasagem persistente entre o salário mínimo e o custo de vida nas grandes cidades”, comentou Jackson Pereira Jr., articulista de negócios e economia do Economic News Brasil.

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