O Ibovespa atingiu uma nova máxima histórica nesta sexta-feira, superando os 134.731 pontos. O índice cresceu impulsionado por uma onda de otimismo tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O avanço ocorreu logo após o índice renovar o recorde intradiário na véspera. Sendo assim, a alta refletiu a confiança dos investidores diante de dados econômicos positivos.
No Brasil, o destaque foi o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que superou as expectativas ao registrar um crescimento de 1,4% em junho, comparado ao mês anterior. Esse indicador, considerado uma prévia do PIB, mostrou que a economia brasileira resistiu bem aos desafios do segundo trimestre, incluindo as enchentes no Rio Grande do Sul. O crescimento trimestral foi de 1,1%, um desempenho bem acima das previsões dos economistas.
O ajuste dos números de maio, com o índice revisado para uma alta de 0,42%, reforçou ainda mais o sentimento positivo no mercado. Os resultados sugerem que a economia brasileira está em uma trajetória de recuperação mais forte, o que tem contribuído para o bom desempenho do Ibovespa.
Internacional
No cenário internacional, os investidores também foram influenciados por dados encorajadores dos Estados Unidos. A inflação americana mostrou sinais de desaceleração, o que aumenta as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa iniciar um ciclo de corte de juros em breve. Com a reunião do Fed marcada para setembro, o mercado espera um corte de 25 pontos-base, o que traria alívio para a economia global.
As declarações de autoridades do Fed, como o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, reforçaram a ideia de que o banco central americano pode adotar uma postura menos restritiva em breve. Ele destacou que a economia dos EUA não está em risco de superaquecimento, o que justifica uma abordagem cautelosa em relação à política monetária.
Agora, os investidores voltam o foco para a ata da última reunião do Fed e para o simpósio de Jackson Hole, que ocorrerá na próxima semana. Sendo assim, o mercado espera mais sinais sobre a direção futura da economia americana e o impacto potencial sobre os mercados globais.