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Prévia do PIB: Banco Central divulga crescimento menor e projeta novas estimativas

IBC-Br Cresce 1,1% no segundo trimestre de 2024

Previa-PIB-mostra-desaceleracao-economica-pixabay
Petrobras realiza pagamento de dividendos/(Foto: Pixabay/Pexels).
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Petrobras realiza pagamento de dividendos/(Foto: Pixabay/Pexels).

O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (16) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve um crescimento de 1,1% no segundo trimestre de 2024. Esse índice é ajustado sazonalmente para permitir a comparação entre diferentes períodos do ano. 

O resultado revela uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando o IBC-Br registrou uma expansão de 1,5%. Apesar de o crescimento ter sido positivo pelo terceiro trimestre consecutivo, o indicador ainda está distante do desempenho do período anterior à pandemia. A última retração do IBC-Br ocorreu no terceiro trimestre de 2023, com uma queda de 0,8%. 

Evolução do IBC-Br  

O PIB, que mede o total de bens e serviços produzidos no país, será oficializado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de setembro. A evolução do PIB é um indicador crucial da saúde econômica, refletindo o consumo e investimento total. 

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Perspectivas Econômicas  

Apesar da desaceleração observada na prévia do PIB, o Banco Central destacou, em ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que a atividade econômica e o mercado de trabalho têm mostrado um dinamismo maior do que o esperado. Em junho, o IBC-Br teve uma expansão de 1,4% em comparação com o mês anterior, um aumento em relação ao crescimento de 0,4% registrado em maio. 

O Banco Central estima uma expansão econômica de 2,3% para 2024, uma projeção que será revisada no final de setembro. A Secretaria de Política Econômica (SPE) manteve sua previsão de crescimento do PIB em 2,5% para este ano. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que a projeção pode ser ajustada para refletir um crescimento maior. 

Taxa de juros e inflação  

O cenário econômico aquecido ocorre em meio a uma taxa básica de juros, a Selic, que permanece em 10,5%, um dos maiores índices reais do mundo. Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que, apesar da alta taxa, os juros estão relativamente baixos em termos históricos. 

O Banco Central mantém a meta de inflação em 3%, com um teto de 4,5%. Com o aumento das expectativas inflacionárias, a instituição pode considerar elevar a taxa de juros para conter a inflação. A taxa Selic é um instrumento fundamental para controlar a inflação e pode ser ajustada em resposta às variações da economia. 

Comparação entre IBC-Br e PIB  

Embora o IBC-Br seja uma prévia útil do PIB, o cálculo do Banco Central difere do cálculo do IBGE. O IBC-Br inclui estimativas para agropecuária, indústria e serviços, além de impostos, mas não leva em consideração o lado da demanda. O PIB do IBGE, por sua vez, considera a demanda total, fornecendo uma visão mais abrangente da economia.