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IGP-M aumenta para 0,45% na segunda previsão de agosto

Índices de preços e tendências no mercado brasileiro

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IPG-M apresenta alta em agosto/(Foto: WendyWei/Pexels).
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IPG-M apresenta alta em agosto/(Foto: WendyWei/Pexels).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma alta de 0,45% na segunda prévia de agosto de 2024, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (20). Este aumento segue a alta de 0,40% registrada na mesma leitura do mês anterior. O IGP-M é um indicador importante que reflete a variação dos preços no mercado, afetando diversos setores da economia brasileira. 

Composição do IGP-M  

O IGP-M é composto por três índices principais: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M). Cada um desses índices contribui de forma distinta para o cálculo final do IGP-M, refletindo diferentes aspectos da economia. 

Desempenho dos Índices  

O IPA-M, que mede a variação de preços no nível do produtor, subiu de 0,45% para 0,52% na segunda prévia de agosto. Esse aumento reflete um comportamento mais acelerado em comparação ao mês anterior. Por outro lado, o IPC-M, que acompanha a inflação no nível do consumidor, desacelerou de 0,18% para 0,15% na mesma leitura. O INCC-M, que monitora os custos da construção civil, viu uma leve queda, passando de 0,53% para 0,50%. 

Análise do IGP-M em julho  

Em julho de 2024, o IGP-M variou 0,61%, demonstrando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 0,81%. No acumulado do ano, o índice atingiu 1,71%, enquanto nos últimos 12 meses acumulou uma alta de 3,82%. Comparado ao mesmo período do ano passado, o IGP-M apresentou uma melhora significativa, já que em julho de 2023 o índice havia registrado uma queda de -0,72%. 

Componentes do IGP-M 

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

   Em julho, o IPA-M apresentou uma variação de 0,68%, com uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,89%. O grupo de Bens Finais, que inclui produtos consumidos diretamente, caiu 0,02% em julho, uma grande redução em relação à alta de 1,08% registrada no mês anterior. A desaceleração foi notável no subgrupo de alimentos in natura, que viu sua taxa cair de 3,00% para -4,43%.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

   O IPC-M de julho registrou uma variação de 0,30%, diminuindo em relação à taxa de 0,46% observada em junho. O grupo Alimentação foi o mais impactado, com a taxa de variação passando de 0,96% para -0,84%. Destaque para as hortaliças e legumes, cujos preços recuaram de 5,36% para -8,78%.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O INCC-M, que mede os custos de construção, subiu 0,69% em julho, abaixo da alta de 0,93% registrada em junho. O grupo Materiais e Equipamentos avançou de 0,48% para 0,58%, enquanto o grupo Serviços aumentou de 0,29% para 0,65%. A mão de obra, por outro lado, viu uma desaceleração, variando de 1,61% para 0,85%. 

Perspectivas e Impactos  

O aumento nos preços de serviços e a desaceleração em outros componentes refletem uma complexa interação de fatores econômicos. A alta do IPA-M sugere um aumento nos custos de produção, que pode impactar os preços finais ao consumidor. A queda no IPC-M e no INCC-M indica uma menor pressão inflacionária em áreas específicas, o que pode ter implicações para políticas monetárias e ajustes em contratos.