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Produção local pode melhorar alimentação em centros urbanos

produção de alimentos
(Foto: Megan Thomas/Unsplash)

A escassez de frutas, legumes e verduras nas dietas dos moradores das capitais brasileiras poderia ser mitigada com o incentivo à produção local de alimentos, de acordo com um novo estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Em 2023, 78,6% dos adultos em capitais não consumiram a quantidade recomendada desses alimentos essenciais, que é de 400 gramas diários segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Substituição por alimentos ultraprocessados

O estudo, realizado em parceria com o Instituto Escolhas e a Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis, revela uma tendência preocupante de substituição de alimentos saudáveis por ultraprocessados. Esses últimos, ricos em aditivos químicos, são associados a uma série de problemas de saúde, como obesidade e doenças crônicas.

Dados alarmantes

Utilizando dados da Vigitel Brasil 2023, os pesquisadores notaram que apenas 19% dos produtos alimentícios adquiridos pelos domicílios eram de frutas, legumes e verduras. Este baixo consumo está em contraste com o aumento de alimentos ultraprocessados, cujos preços subiram menos que os alimentos saudáveis de 2006 a 2022.

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Impacto econômico e de saúde

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) destacou que os alimentos saudáveis tiveram um aumento de preço quase três vezes maior do que os ultraprocessados no mesmo período, incentivando ainda mais o consumo destes últimos. “De 2006 a 2022, os preços dos alimentos subiram 1,7 vezes mais que a inflação geral (IPCA) e que os alimentos saudáveis tiveram elevação quase três vezes maior, comparados aos ultraprocessados” disse o CNS em nota. Os pesquisadores que assinam o estudo observam que a má alimentação é um fator relacionado ao sobrepeso corporal, à obesidade e ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, diabetes e as doenças cardiovasculares e respiratórias.

Benefícios da produção local

A pesquisa sugere que promover o cultivo urbano pode diminuir os custos de transporte e comercialização, tornando os alimentos mais acessíveis e promovendo uma dieta mais saudável. Circuitos curtos de comercialização poderiam permitir aos agricultores vender diretamente aos consumidores urbanos, reduzindo a necessidade de intermediários e o custo final dos produtos.

Potencial de abastecimento

O Instituto Escolhas estima que a região metropolitana de São Paulo poderia abastecer 20 milhões de pessoas com legumes e verduras se tais iniciativas fossem incentivadas. Cidades como Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife também mostram grande potencial para implementar modelos similares de produção local.

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