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Greve nas agências reguladoras termina: reajuste de 27% é confirmado

Greve nas agências reguladoras chega ao fim. (Foto: Divulgação)
Greve nas agências reguladoras chega ao fim. (Foto: Divulgação)
Greve nas agências reguladoras chega ao fim. (Foto: Divulgação)
Greve nas agências reguladoras chega ao fim. (Foto: Divulgação)

A recente greve das agências reguladoras, que paralisou setores cruciais da economia brasileira, chegou ao fim após cinco meses de intensas negociações. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) aceitou a proposta do governo, que prevê um reajuste salarial para os funcionários. A aprovação marca um momento decisivo para a categoria e para a continuidade dos serviços prestados por essas agências.

Greve nas agências reguladoras e reajuste salarial

Na assembleia realizada ontem (20), os servidores das 11 agências reguladoras do Brasil aceitaram o reajuste proposto pelo governo. O acordo prevê um aumento de 27% para os funcionários de carreira, que entraram via concurso público, e de 15,5% para aqueles que fazem parte do Plano Especial de Cargos (PEC), que inclui servidores mais antigos oriundos de outros órgãos. O reajuste será aplicado em duas parcelas, uma em 2025 e outra em 2026, assegurando um aumento gradual na remuneração dos servidores.

A aprovação foi decidida por 69% dos servidores presentes na assembleia, com 1.969 votos a favor, 868 contra e 23 abstenções. O acordo será formalizado na sede do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) hoje (21), marcando o fim oficial da greve.

Impactos na operação das agências reguladoras

A greve, que afetou as atividades das agências reguladoras por meses, trouxe consequências para a economia brasileira. A paralisação atrasou a análise de processos e a fiscalização de serviços essenciais, impactando diretamente setores como energia, telecomunicações, e transportes. Com a retomada das atividades, espera-se que as agências possam regularizar os serviços e reduzir o acúmulo de trabalho gerado durante o período de paralisação.

Além do reajuste salarial, os servidores das agências reguladoras continuam a pressionar por mudanças estruturais na carreira. O Sinagências destaca a necessidade de equiparação salarial dos profissionais de regulação com os que atuam em carreiras de gestão, como no Banco Central e na Controladoria-Geral da União. Outro ponto crítico é a recomposição dos cargos vagos nas agências, que atualmente sofrem com um déficit de aproximadamente 3.700 posições.

Negociações futuras e demandas da categoria

Embora o reajuste tenha sido aprovado, as discussões entre o governo e os servidores das agências reguladoras estão longe de terminar. O Sinagências pretende continuar as negociações sobre pautas não remuneratórias, como a mudança de nomenclatura de cargos e a exigência de ensino superior para ingresso na carreira.

O presidente do Sinagências, Fabio Rosa, ressaltou que, apesar das conquistas, a categoria ainda busca melhorias adicionais. As conversas futuras com o governo serão fundamentais para garantir que as agências reguladoras possam operar com eficácia e que seus servidores recebam o reconhecimento adequado pelo trabalho desempenhado.