O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou uma atualização nos valores de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao segundo trimestre de 2024. O ajuste, realizado na noite de quarta-feira (21), reflete a recente elevação da taxa Selic, que impactou diretamente os proventos da instituição.
Atualização dos proventos
Os dividendos do Banco do Brasil foram reajustados de R$ 0,151 para R$ 0,154 por ação. Além disso, o valor dos JCP foi elevado de R$ 0,314 para R$ 0,319. Esses ajustes foram realizados para alinhar os proventos com a taxa Selic vigente na data-base.
O Banco do Brasil já havia aprovado um total de R$ 2,6 bilhões em proventos em 7 de agosto, divididos em R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre capital próprio. A data de corte para recebimento desses proventos foi marcada para quarta-feira (21), e as ações do banco passam a ser negociadas ex-direitos a partir de quinta-feira (22).
Impacto das provisões futuras
Em teleconferência sobre resultados, executivos do Banco do Brasil discutiram o impacto potencial das provisões maiores no pagamento de dividendos futuros. O guidance de provisões da companhia foi revisado para uma faixa de R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões, comparado à faixa anterior de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões.
Geovanne Tobias, diretor de relações com investidores, afirmou que o aumento nas provisões deve ser compensado pelo crescimento da margem financeira do banco. “Acreditamos que o lucro previsto no nosso guidance permitirá manter os dividendos, mesmo com o aumento das provisões”, declarou Tobias. Ele enfatizou que a expansão dos negócios está contrabalançando o impacto das provisões maiores.
Perspectivas futuras
A atualização nos dividendos e JCP do Banco do Brasil é uma resposta direta às mudanças nas condições econômicas e monetárias. O ajuste visa manter a competitividade e assegurar que os acionistas continuem recebendo proventos adequados, mesmo em um cenário de aumento das provisões.
A companhia continua monitorando o mercado e ajustando suas estratégias para garantir a estabilidade e a rentabilidade dos seus proventos. A abordagem proativa do Banco do Brasil em relação às suas provisões e margens financeiras visa assegurar a continuidade dos dividendos de forma equilibrada e sustentável.
