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Ceará recebe investimento do BNDES para agricultura sustentável

Acordo entre BNDES e Ceará foca em resiliência climática no semiárido cearense. (Foto de 2023: Divulgação/Governo do Ceará).
Acordo entre BNDES e Ceará foca em resiliência climática no semiárido cearense. (Foto de 2023: Divulgação/Governo do Ceará).
Acordo entre BNDES e Ceará foca em resiliência climática no semiárido cearense. (Foto de 2023: Divulgação/Governo do Ceará).
Acordo entre BNDES e Ceará foca em resiliência climática no semiárido cearense. (Foto de 2023: Divulgação/Governo do Ceará).

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Ceará firmaram, em 21 de agosto, um acordo de grande impacto social e ambiental. A resolução é destinada a fortalecer a resiliência climática e o acesso à água no semiárido cearense. O contrato, parte da iniciativa Sertão Vivo, destina R$ 251,6 milhões para beneficiar cerca de 63 mil famílias de agricultores familiares em 72 municípios com alta vulnerabilidade social, climática, hídrica e alimentar.

Acordo entre BNDES e Ceará foca no projeto Sertão Vivo

O Sertão Vivo é uma parceria estratégica entre o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Este último é um órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU). O projeto visa implantar Sistemas Produtivos Resilientes ao Clima, essenciais para a sustentabilidade da agricultura no semiárido nordestino. No total, serão investidos R$ 1,8 bilhão em todos os estados da região Nordeste. O objetivo é o de beneficiar cerca de 500 mil famílias, o que corresponde a aproximadamente 2 milhões de pessoas.

No Ceará, a iniciativa se destaca por ser a primeira das nove operações programadas para o Nordeste. Isso coloca o estado à frente na implementação de soluções que combinam desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental.

Recursos e impactos

Os recursos destinados ao Ceará incluem uma parcela reembolsável de R$ 212 milhões, complementada por R$ 39,6 milhões não reembolsáveis. Estes fundos serão utilizados para desenvolver sistemas de produção adaptados ao clima. Nesse sentido, destacam-se quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga. Além disso, o projeto prevê a construção de reservatórios de água, como cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens subterrâneas.

Essas ações estão em harmonia com as diretrizes do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do Ceará e com o plano de longo prazo do estado, o Ceará 2050. Ambos os planos enfatizam a redução da pobreza rural, a ampliação do acesso à água. Além disso, as diretrizes buscam a melhoria das condições de vida dos agricultores familiares e a inclusão socioeconômica, sempre com foco na sustentabilidade ambiental.

Declarações dos líderes

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, sublinhou à Agência de Notícias do BNDES a importância do projeto Sertão Vivo para o Ceará e para o mundo. “Este projeto não apenas atinge 250 mil pessoas no rural cearense, mas também se tornará uma referência global, ao gerar resiliência climática, aumentar a produção de alimentos e enfrentar os desafios da pobreza e das mudanças climáticas”, afirmou.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, celebrou a assinatura do contrato como uma conquista para os agricultores familiares do estado. “Esta iniciativa representa um marco para o desenvolvimento sustentável do Ceará, proporcionando às famílias rurais as ferramentas necessárias para melhorar suas condições de vida e enfrentar as adversidades climáticas”, disse o governador.