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BNDES expande crédito com R$ 25 bilhões em novos fundos 

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BNDES investe em energia solar /(Fernando Frazão/Agência Brasil)
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BNDES investe em energia solar /(Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem promovido uma expansão significativa na oferta de crédito, utilizando fundos públicos para oferecer condições mais atraentes. Esse movimento reflete uma nova estratégia em comparação com a abordagem adotada pelos governos anteriores. 

Ampliação da oferta de crédito 

O BNDES já concedeu linhas de crédito totalizando R$ 25 bilhões desde o início da atual administração. Esse montante foi impulsionado pelo acesso a R$ 15 bilhões provenientes do Fundo Social do Pré-sal, destinado exclusivamente à reconstrução do Rio Grande do Sul.

Além disso, há uma perspectiva de que mais R$ 24 bilhões possam ser destinados a novas iniciativas, como o pacote de socorro ao setor aéreo, um novo aporte no Fundo Clima e o potencial do recém-criado Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (Fiis). O plano do BNDES para os próximos anos inclui a previsão de mais R$ 10 bilhões para o Fundo Clima.

Fundos e estratégias de financiamento do BNDES

Diferente dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que desde 2018 seguem os juros de mercado, os fundos mencionados possuem subsídios. Esse suporte permite ao BNDES oferecer financiamentos com juros reduzidos, o que tem atraído uma demanda considerável devido às condições mais vantajosas para os clientes finais. 

O Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), por exemplo, tem previsto desembolsos de R$ 4 bilhões no curto prazo, conforme sinalizações do Ministério de Portos e Aeroportos. Já o Fiis, com um potencial de R$ 10 bilhões, será distribuído ao longo de vários anos, segundo o diretor de Planejamento do BNDES, Nelson Barbosa. 

Comparação com anos anteriores 

A nova estratégia do BNDES contrasta com as práticas adotadas durante os governos anteriores do PT. Entre 2009 e 2014, em resposta à crise financeira global iniciada em 2008, o BNDES recebeu injeções substanciais de títulos públicos. Esses aportes totalizaram R$ 441 bilhões, elevando os desembolsos a níveis recordes. Contudo, essa abordagem também contribuiu para um agravamento do desequilíbrio nas contas públicas. 

A gestão atual do BNDES tem adotado uma abordagem mais focada em utilizar fundos com subsídios para promover investimentos e financiamentos. Essa estratégia não só amplia o acesso ao crédito, mas também busca mitigar os impactos negativos sobre as contas públicas.

Impacto e perspectivas  

A ampliação da oferta de crédito pelo BNDES tem implicações significativas para diversos setores da economia brasileira. Com a injeção de recursos em áreas como infraestrutura e aviação, o banco não só fomenta o desenvolvimento econômico, mas também busca fortalecer a recuperação de setores impactados por crises recentes. 

Os próximos meses serão cruciais para avaliar o impacto completo dessas medidas. A utilização de fundos subsidiados pode ajudar a estimular a economia e proporcionar condições mais favoráveis para empresas e investidores. No entanto, será importante monitorar a eficácia dessas estratégias e seu impacto sobre as finanças públicas e a economia em geral.