Publicidade

Concessão de empréstimos cresce 3,7% em julho impulsionada por pessoas físicas

Concessão-de-empréstimos-olly
Concessão de empréstimos tem alta/(Foto: Olly/Pexels).
Concessão-de-empréstimos-olly
Concessão de empréstimos tem alta/(Foto: Olly/Pexels).

Em julho, o mercado de crédito brasileiro registrou um avanço significativo na concessão de empréstimos, com um crescimento de 3,7% em relação ao mês anterior. Esse dado foi divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira (29) e reflete um cenário de expansão no setor, impulsionado principalmente pelo aumento nos financiamentos a pessoas físicas. O estoque total de crédito no país também subiu 0,2%, alcançando R$ 6,046 trilhões. 

Expansão do crédito para pessoas físicas 

A principal força motriz por trás desse crescimento foi o aumento nas concessões de empréstimos para pessoas físicas, que avançaram 11,4% em julho. Este aumento foi suficiente para compensar a queda de 5,0% nas novas concessões de crédito para empresas, revelando uma mudança no perfil de demanda por financiamentos no país. 

O Banco Central também destacou que as concessões de crédito com recursos livres cresceram 3,4% em julho. Já as operações com recursos direcionados, que seguem parâmetros estabelecidos pelo governo, apresentaram um aumento ainda mais expressivo, de 5,6% no período. 

Evolução do estoque de crédito 

Em termos de estoque de crédito, o saldo destinado a pessoas físicas registrou um aumento de 0,9%, totalizando R$ 3,733 trilhões. Em contrapartida, o crédito para empresas sofreu uma retração de 0,9%, fechando o mês de julho com um saldo de R$ 2,312 trilhões. 

Esses números refletem a dinâmica atual do mercado de crédito no Brasil, onde o consumo das famílias tem se destacado. Enquanto isso, as empresas demonstram uma postura mais cautelosa em relação à tomada de crédito. 

Redução na inadimplência e variação das taxas de juros 

Outro aspecto positivo apontado pelo Banco Central foi a ligeira redução na taxa de inadimplência para 4,4% em julho. Esse dado é um indicativo de que, apesar do aumento na concessão de crédito, os tomadores estão conseguindo honrar seus compromissos financeiros. 

No que diz respeito às taxas de juros, houve uma leve redução nos juros médios cobrados pelos bancos nas operações de crédito livre, que passaram de 39,4% ao ano em junho para 39,3% em julho. Em contrapartida, os juros dos empréstimos com recursos direcionados subiram 0,3 ponto percentual, alcançando 10,9% ao ano. 

Spread bancário e perspectivas 

O spread bancário, que representa a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada dos clientes, registrou uma leve queda em julho. Nos recursos livres, o spread para 28,0 pontos percentuais, o que pode ser interpretado como uma melhoria nas condições de crédito para os consumidores. 

O cenário atual indica que, mesmo com o crescimento na concessão de crédito, a economia brasileira segue enfrentando desafios, especialmente no que tange ao crédito empresarial. A retração no crédito para empresas, demanda atenção das autoridades econômicas para evitar um possível impacto no crescimento econômico.