Nesta quinta-feira (5), o Ibovespa encerrou com uma alta de 0,29%, fechando aos 136.502,49 pontos. O índice foi impulsionado por ganhos no mercado local, apesar de um cenário externo incerto e da queda das commodities. O dólar, por sua vez, registrou queda de 1,22%, sendo cotado a R$ 5,5711 no fechamento.
No cenário doméstico, o déficit primário do governo central em julho foi de R$ 9,283 bilhões, um resultado melhor do que o observado no mesmo mês do ano anterior, quando o déficit atingiu R$ 35,921 bilhões. No acumulado de 2024, o governo central registra um déficit de R$ 77,858 bilhões. Já nos últimos 12 meses, o saldo negativo é de R$ 233,3 bilhões, ou 2,04% do PIB.
A balança comercial brasileira também trouxe dados importantes. O superávit de US$ 4,828 bilhões registrado no mês, embora positivo, representa uma queda de quase 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado ficou abaixo das expectativas de economistas, que previam um saldo de US$ 6,1 bilhões para o período.
Altas e quedas do Ibovespa
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, a Light (LIGT3) teve uma valorização de quase 40%, após a empresa adiar a reunião com seus credores internacionais. A IRB Re (IRBR3) também apresentou forte alta, de mais de 5%, após recuperar as perdas da sessão anterior.
Outros destaques positivos foram os papéis de empresas cíclicas, como Natura (NTCO3) e Lojas Renner (LREN3). As empresas se beneficiaram da expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos, após novos dados reforçarem essa possibilidade.
Por outro lado, a Azul (AZUL4) foi um dos destaques negativos do dia, com queda após a BlackRock reduzir sua participação acionária na companhia para cerca de 4,7%.
Setor de commodities
Entre as blue chips, a Vale (VALE3) conseguiu se destacar positivamente, subindo 1% mesmo diante da queda do minério de ferro na China, que recuou 1,43%. Já a Petrobras (PETR4;PETR3), uma das ações mais movimentadas da bolsa, fechou em baixa, refletindo o recuo do preço do petróleo no mercado internacional.