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Câmara aprova texto base da proposta que retoma imposto sobre a folha de pagamento

Câmara aprova transição de 3 anos para o fim da desoneração da folha, impactando 17 setores e ajustando alíquotas do INSS até 2027.
Transição gradual para o fim da desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia até 2027.
(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Na noite desta quarta-feira (11/09), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que estabelece uma transição de três anos para o término da desoneração da folha de pagamentos em setores específicos da economia. O texto traz mudanças importantes na forma de contribuição ao INSS, afetando diretamente empresas que se beneficiaram da redução de encargos trabalhistas.

Impacto da Decisão para Setores da Economia

O projeto prevê que a desoneração da folha, instituída para aliviar os custos de contratação, será gradualmente eliminada até 2027. Empresas que atuam em áreas como tecnologia e comunicação, que se beneficiaram dessas isenções, deverão se preparar para mudanças nas alíquotas aplicáveis. Ao invés de pagar um percentual sobre a folha de salários, essas empresas optaram, por muitos anos, por alíquotas menores sobre a receita bruta, variando entre 1% e 4,5%. Com a aprovação da nova medida, essa escolha será extinta progressivamente.

O que o Projeto Traz de Novidades?

De acordo com o novo texto, as alíquotas sobre a receita bruta serão gradualmente reduzidas entre 2025 e 2027, ao passo que os encargos sobre a folha de pagamento voltarão a subir. A partir de 2028, o recolhimento de 20% sobre a folha será restabelecido integralmente. Essa transição foi estabelecida como uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a prorrogação da desoneração sem a indicação de fontes de compensação para a perda de receita.

Medidas de Compensação e Financiamento

Para garantir que a transição não cause um impacto nas finanças públicas, o projeto de lei também propõe diversas medidas de compensação. Entre elas estão o uso de depósitos judiciais, a repatriação de valores não declarados no exterior e a atualização do valor de imóveis com tributação sobre ganho de capital. Essas alternativas visam garantir que o governo mantenha a arrecadação necessária para sustentar o orçamento durante os próximos anos.

Perspectivas para o Futuro

Enquanto a transição é vista como uma forma de equilibrar as finanças públicas, empresas que atuam em setores estratégicos precisam se preparar para o aumento dos custos relacionados à desoneração da folha de pagamentos. Além disso, os municípios de pequeno porte também serão impactados, já que as alíquotas do INSS serão ajustadas. Para essas empresas, será essencial adaptar-se a essa nova realidade fiscal para evitar prejuízos futuros e manter sua competitividade no mercado.

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