Depois de um breve respiro com o apoio da China, o Ibovespa (IBOV) não conseguiu manter o ritmo de ganhos e voltou ao tom negativo nesta quarta-feira (25). O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,43%, para 131.586,45 pontos. Enquanto isso, o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4761, registrando uma alta de 0,24%.
No cenário doméstico, os investidores repercutiram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). A prévia da inflação oficial apresentou alta de 0,13% em setembro, contra 0,19% em agosto, surpreendendo positivamente o mercado. Segundo a avaliação do Itaú, o dado ficou abaixo da expectativa, com uma abertura melhor do que o esperado.
Além disso, os dados do Banco Central demonstraram que o Brasil registrou um déficit em transações correntes maior do que o previsto, atingindo US$ 6.589 bilhões em agosto. O acumulado em 12 meses chegou a 1,75% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado foi pior do que a expectativa do mercado, que previa um saldo negativo de US$ 5,25 bilhões.
Altas e quedas no Ibovespa
Entre os ativos negociados, o setor de frigoríficos concentrou as atenções do dia após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a venda de ativos da Marfrig (MRFG3) para a Minerva (BEEF3). Após o aval, as ações do MRFG3 fecharam o preço em alta de quase 2%.
No entanto, a maior alta do Ibovespa foi da Braskem (BRKM5), que subiu mais de 4%. A CSN Mineração (CMIN3) também registrou ganhos, impulsionados pela valorização da mineração de ferro. A Vale (VALE3) estendeu a alta da véspera, refletindo os estímulos econômicos da China.
Por outro lado, a Brava Energia (BRAV3) encerrou em queda, influenciada pela redução do petróleo, que recuperou mais de 2%. As ações da Petrobras (PETR4; PETR3) fecharam em nível alto, contrariando a tendência da commodity. O Assaí (ASAI3) também figurou entre as maiores quedas após o Citi rebaixar sua recomendação para risco neutro/alto.