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Bilionário: fortuna de Bernard Arnault cresce US$ 17 bil em um único dia

Bernard Arnault
(Imagem: Yoshi95100/Wikimedia Commons)
Bernard Arnault
(Imagem: Yoshi95100/Wikimedia Commons)

O bilionário Bernard Arnault, dono da gigante francesa de luxo LVMH, teve um dos maiores aumentos de riqueza em um único dia. Na última sexta-feira, a fortuna dele cresceu US$ 17 bilhões, após o anúncio da China de novas medidas para restaurar o crescimento econômico. Tais medidas, conhecidas como as “bazucas” necessárias para reavivar a confiança no país, geraram grande otimismo nos mercados.

Esse aumento de patrimônio não se limitou apenas a Bernard Arnault. As ações nas bolsas da China e de Hong Kong tiveram os melhores desempenhos semanais em 16 anos, segundo a agência Reuters. As surpreendentes medidas de estímulo anunciadas pela liderança chinesa alimentaram esperanças de que a economia do país retorne a uma trajetória de crescimento estável.

Reviravolta na fortuna de Bernard Arnault

Bernard Arnault, que também é o presidente da LVMH, começou a quinta-feira (26) tendo perdido mais riqueza este ano do que qualquer outro bilionário. Segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, sua fortuna havia encolhido em US$ 24 bilhões devido à queda no mercado de bens de luxo. Contudo, ao final do dia, seu patrimônio líquido saltou em US$ 17 bilhões, alcançando US$ 201 bilhões, marcando seu terceiro maior aumento diário.

Essa reviravolta aconteceu após as ações da LVMH dispararem quase 10% em Paris. O motivo foi a esperança renovada de que a liderança chinesa consiga reverter a desaceleração econômica do país. Se as medidas surtirem efeito, a demanda por produtos de luxo deve aumentar, beneficiando diretamente a LVMH e outras empresas do setor.

Mercado de luxo e a importância da China

Em julho, a LVMH anunciou que as vendas caíram 10% nos primeiros seis meses do ano na região da Ásia, em comparação com 2023. A China, que domina o mercado asiático de luxo, representa 31% da receita total da LVMH. A economia chinesa vacilante vem prejudicando diversas marcas ocidentais, que enfrentam uma demanda mais fraca devido a desafios como o fraco consumo, a crise do setor imobiliário e a crescente dívida dos governos locais.

A resposta do governo chinês

Por meses, economistas vinham pressionando as autoridades chinesas a tomarem medidas para impulsionar a economia, que estava em risco de não atingir sua meta de crescimento de 5%. Finalmente, a liderança chinesa parece ter atendido aos pedidos, anunciando estímulos econômicos.

Em um movimento considerado histórico, o Politburo da China dedicou sua reunião mensal de setembro a questões econômicas, mudando o foco em relação a procedimentos anteriores. O líder Xi Jinping presidiu a reunião, e as autoridades se comprometeram a implementar políticas fiscais e monetárias anticíclicas, apoiar cidadãos de baixa e média renda e melhorar o mercado imobiliário em crise.

O anúncio das medidas veio dois dias após Pan Gongsheng, governador do Banco Popular da China (PBOC), revelar um pacote de ações para apoiar as empresas. As iniciativas incluíram cortes nas taxas de juros, redução de exigências de reserva para os bancos e liberação de recursos para empréstimos.

Mercados reagem com cautela

Apesar do otimismo gerado pelas medidas, especialistas alertam que ainda é preciso cautela. Embora o estímulo possa ter um efeito positivo no curto prazo, as autoridades chinesas ainda precisam encontrar formas eficazes de estabilizar o mercado imobiliário, que já chegou a representar 30% da atividade econômica da China.