O Ibovespa iniciou o mês em alta nesta terça-feira (1), beneficiado pelo desempenho positivo das ações da Petrobras (PETR4), que subiram 2,67%. A bolsa de valores do Brasil encerrou o dia com um avanço de 0,51%, alcançando 132.495,16 pontos. A alta foi impulsionada pela elevação dos preços do petróleo, que subiram 3% em decorrência dos conflitos no Oriente Médio, favorecendo as empresas do setor petrolífero.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil precisa de um “choque fiscal positivo” para sustentar taxas de juros mais baixas no médio prazo. A bolsa de valores do Brasil, segundo ele, pode ser impactada positivamente com essa medida. A declaração está alinhada com a postura do Comitê de Política Monetária (Copom), que se opõe a cortes na taxa de juros. Segundo o presidente do BC, medidas poderiam resultar em aumento da inflação, impactando principalmente as classes mais baixas e médias. Portanto, ele reforça a importância de um ajuste fiscal sustentável como medida estrutural.
Destaques da bolsa de valores do Brasil
No pregão de hoje, a MRV (MRVE3) foi um dos principais destaques do Ibovespa, fechando com uma valorização de 4,56%. A tendência de queda na curva de juros e a elevação de recomendação do Bank of America beneficiaram a empresa.
No setor de petróleo, as ações das petroleiras Brava Energia (BRAV3) e Prio (PRIO3) fecharam em alta de 1,87% e 2,15%, respectivamente. As empresas acompanharam a alta das commodities no mercado internacional. No segmento de mineração, CSN Mineração (CMIN3) e Vale (VALE3) fecharam em alta de 3,19% e 0,49%, respectivamente, também refletindo o movimento positivo das commodities. Além disso, a CSN Mineração anunciou o pagamento de R$ 2,3 bilhões em dividendos intercalares e R$ 465 milhões em juros sobre o capital próprio, o que contribuiu para a alta das ações na bolsa de valores do Brasil.
Na ponta negativa, a Azul (AZUL4) continuou registrando perdas, encerrando o dia com uma queda de 4,65%. A companhia aérea enfrenta o risco de um calote de R$ 1,2 bilhão por parte da empresa portuguesa TAP, o que tem gerado preocupações no mercado e impactado negativamente suas ações.