A economia argentina enfrenta desafios, com uma recessão prevista de 3,5% para 2024, de acordo com estimativas do Banco Mundial divulgadas nesta quarta-feira (9). No entanto, há uma perspectiva de recuperação, com projeções apontando para um crescimento de 5% em 2025. O país, que já está imerso em uma recessão profunda, também enfrenta uma das inflações mais altas do mundo, atingindo 236,7% em termos anuais em agosto de 2023.
De acordo com William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, o ano de 2023 foi difícil para a Argentina, devido aos “ajustes fiscais bastante extremos que foram necessários” para enfrentar a crise. Maloney destacou que a inflação, que atingiu níveis insustentáveis, precisou ser controlada com políticas fiscais e monetárias rigorosas. “Reduzir a inflação de 25% mensal para 4% foi uma conquista importante, que exigiu medidas para colocar em ordem as contas fiscais”, afirmou.
Sinais de eecuperação em 2025 para a economia argentina
Apesar das dificuldades, o Banco Mundial vê uma luz no fim do túnel para a economia argentina. O crescimento projetado de 5% para 2025 é um sinal de que os ajustes econômicos podem começar a dar resultados. Segundo Maloney, setores da economia, como o automotivo e o imobiliário, já mostram sinais de recuperação. Além disso, o cumprimento das metas do programa de crédito de 44 bilhões de dólares contratados com o Fundo Monetário Internacional (FMI) também contribui para a estabilização da economia argentina.
Impacto social e perspectivas de pobreza
A inflação desenfreada e a recessão prolongada impactaram o tecido social do país, com metade da população vivendo na pobreza. No entanto, o crescimento econômico esperado para 2025 traz esperanças de uma recuperação, também, dos níveis de pobreza. “Com o crescimento projetado de 5% no próximo ano, veremos uma recuperação dos níveis de pobreza”, declarou Maloney.
Desafios e oportunidades
Para alcançar essa recuperação, será fundamental que a Argentina mantenha o rigor em suas políticas fiscais e monetárias. A inflação, que ainda está em níveis elevados, precisa continuar sendo controlada, enquanto o país trabalha para melhorar a produtividade e a competitividade de sua economia.