O Ibovespa teve uma baixa e encerrou a sessão desta quarta-feira (9) em queda de 1,18%, aos 129.962,06 pontos. É um patamar não registrado há dois meses. A baixa nas commodities e a falta de estímulos econômicos vindos da China pressionaram o índice ao longo do pregão. Em contrapartida, o dólar avançou 1%, fechando a R$ 5,58, refletindo ajustes nas expectativas dos investidores.
Impacto das commodities e ações cíclicas no Ibovespa
A desvalorização das ações de petroleiras e mineradoras, aliada à alta dos juros de longo prazo, impactou negativamente as ações cíclicas, que lideraram as perdas do dia. No ponto mais baixo, o índice chegou a 129.719 pontos, enquanto a máxima foi de 131.520 pontos. O volume financeiro movimentado atingiu R$ 15 bilhões no Ibovespa e R$ 20 bilhões na B3, refletindo as incertezas globais sobre o mercado do Brasil.
Alta e baixa no Ibovespa
Entre as maiores baixas, Yduqs ON e Cogna ON recuaram 6,45% e 6,34%, respectivamente. A Vale registrou queda de 0,26%, fechando a R$ 60,96, enquanto a CSN Mineração perdeu 2,48%. A Petrobras também recuou, com suas ações PN caindo 1,01%.
No lado positivo, Usiminas PNA subiu 4,49%, beneficiada por uma recomendação de compra do Morgan Stanley. As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) também se destacaram, avançando 3,67%, mesmo sem notícias relevantes que justificassem o movimento.
Movimentações do dólar e cenário externo
O dólar comercial subiu 1%, fechando a R$ 5,5875, influenciado pelas expectativas em relação à economia chinesa e pela postura cautelosa do Federal Reserve. A moeda americana variou entre uma mínima de R$ 5,5331 e uma máxima de R$ 5,5981, refletindo ajustes dos mercados ao cenário externo. O índice DXY, que mede a força do dólar em relação a outras moedas, subiu 0,37%, para 102,932 pontos.
Ganhos em Wall Street contrapõem quedas no Brasil
Enquanto o Ibovespa enfrentava pressão e fechou em baixa, as bolsas de Nova York fecharam em alta. O Dow Jones avançou 1,03%, o S&P 500 subiu 0,71% e o Nasdaq ganhou 0,60%, impulsionados pelos ganhos nos setores de tecnologia e saúde. Então, o otimismo foi reforçado pela revisão positiva do Goldman Sachs para o S&P 500, com projeções mais altas para o fim do ano.