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Órgãos com HIV: Escândalo de laudos falsos resulta em prisões

Polícia prende sócios de laboratório por laudos falsos que aprovaram transplantes de órgãos com HIV, infectando seis pacientes.
Órgãos com HIV: Escândalo de laudos falsos resulta em prisões
(Imagem: Designed by Freepik)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois suspeitos de participarem de um esquema de falsificação de laudos que resultou na infecção de seis pacientes com o vírus HIV após transplantes de órgãos. Walter Vieira, médico ginecologista e responsável técnico do laboratório PCS Lab Saleme, e Ivanilson Fernandes dos Santos foram os principais alvos da operação. Ambos foram detidos como parte da “Operação Verum”, que visa identificar os responsáveis pela emissão dos documentos falsos.

A operação, que também cumpre 11 mandados de busca e apreensão, revelou que o laboratório emitiu laudos falsificados, aprovando órgãos com HIV para transplante. Os documentos permitiram que equipes médicas realizassem procedimentos com base em resultados incorretos, levando à infecção de pacientes. A polícia investiga agora se outros casos além dos transplantes estão envolvidos na fraude.

Detalhes da prisão e a ligação com o laboratório responsável por liberar órgãos com HIV

As autoridades prenderam Walter Vieira, responsável técnico pelo PCS Lab Saleme, por assinar um laudo que indicava falsamente que os órgãos estavam livres de HIV. Vieira, tio do deputado federal Dr. Luizinho (PP), que já atuou como secretário de Saúde do Rio de Janeiro, está entre os quatro suspeitos com prisão decretada. As autoridades acusam os suspeitos de falsidade ideológica, falsificação de documentos, infração sanitária e associação criminosa.

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As autoridades também prenderam Ivanilson Fernandes dos Santos, um dos responsáveis pelo laudo fraudado. Os outros dois suspeitos ainda estão sendo procurados pela polícia.

O impacto da falsificação e a investigação em andamento

Os laudos falsificados geraram sérios erros médicos, que culminaram na infecção de seis pessoas com o vírus HIV. Um dos pacientes morreu, embora a causa da morte ainda esteja sob investigação. A polícia também investiga se o laboratório PCS Lab Saleme está envolvido em outros casos de falsificação, além dos transplantes de órgãos, já que a empresa presta serviços para várias unidades de saúde do estado.

A resposta do laboratório e a defesa dos sócios

Em nota, a defesa de Walter Vieira e dos demais sócios do PCS Lab Saleme negou qualquer envolvimento em um esquema criminoso para falsificar laudos. Segundo os advogados, os sócios prestarão todos os esclarecimentos necessários à Justiça. O laboratório, que opera há mais de 50 anos no mercado, alega que um erro humano causou a infecção dos pacientes.

A investigação interna do laboratório continua, e seus resultados preliminares apontam que o erro não foi intencional. No entanto, a polícia segue averiguando a profundidade da participação do laboratório em outros possíveis casos de fraude.

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