A tragédia em Mariana, que ocorreu em 2015 com o rompimento da barragem de Fundão, está prestes a ter seu acordo de compensação fechado, conforme informou o Ministério de Minas e Energia (MME). O valor total negociado entre autoridades públicas e as mineradoras Samarco, Vale e BHP, donas da barragem, chega a R$ 167 bilhões. Deste montante, R$ 100 bilhões serão em valores novos, destinados a ações de reparação dos danos causados pelo desastre.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou sobre o acordo durante uma agenda em Belo Horizonte, ressaltando que o valor discutido é o “possível” para reparar os danos. Segundo ele, o presidente Lula se reuniu com 14 ministros para tratar dos detalhes do acordo.
Aumento do valor de compensação depois da tragédia em Mariana
Silveira relembrou que em dezembro de 2022 o acordo inicial previa R$ 100 bilhões, sendo R$ 49 bilhões em valores novos. Agora, esse valor foi elevado para R$ 100 bilhões, além do aumento de R$ 14 bilhões para R$ 30 bilhões nas obrigações de reparação.
- Petrobras e Vale chegam a acordo para uso de diesel renovável
- ChatGPT: veja como seus dados são usados para treinar a IA
- Vale enfrenta processo holandês de R$ 17,5 bi pelo desastre de Mariana
- Energia elétrica: ações judiciais atingem 229 mil em 2023
- Inteligência artificial do X usa dados sem permissão, alerta Idec
Obras rodoviárias e expectativa de conclusão
Além das indenizações, o acordo inclui obras rodoviárias importantes. O governo contemplou duas duplicações de rodovias: o entroncamento da BR-040 até Mariana (MG) e a BR-262, que liga Minas Gerais ao Espírito Santo, até Vitória. Segundo o ministro, essas obras já estão pré-definidas, e não há espaço para novas inclusões no acordo.
Comparações com Brumadinho
O ministro criticou o acordo para reparar os danos causados pela tragédia de Brumadinho, que, segundo ele, não teve uma destinação correta dos recursos. Ele alegou que o acordo beneficiou mais o projeto de reeleição do governador de Minas Gerais do que as medidas de reparação necessárias.