A marca de recipientes plásticos, Tupperware, garantiu sua sobrevivência ao fechar um acordo com seus credores, encerrando uma disputa que ameaçava sua liquidação. Esse acordo foi alcançado após pressão do juiz federal Brendan L. Shannon, responsável por supervisionar o caso de falência da empresa. A negociação envolve um pagamento de US$ 23,5 milhões em dinheiro e a conversão de US$ 63,8 milhões em dívidas por participação acionária.
Acordo salva Tupperware da liquidação
A Tupperware entrou em falência devido à queda na demanda por seus produtos de armazenamento de alimentos, além de não conseguir acompanhar a concorrência no varejo. No entanto, após meses de disputas, a empresa e um grupo de credores chegaram a um consenso, permitindo que os credores adquirissem o negócio por meio de uma combinação de dinheiro e crédito.
Juiz desempenha papel crucial na negociação
A influência do juiz Shannon foi essencial para a resolução dessa disputa. Na semana anterior, ele interrompeu o processo judicial e convocou ambas as partes para uma reunião a portas fechadas, pressionando-os a chegar a uma solução que evitasse a falência definitiva da Tupperware.
O advogado dos credores, Allan S. Brilliant, elogiou o papel do tribunal, afirmando que a mediação foi fundamental para que se alcançasse o consenso. “Foi em grande parte através dos esforços do tribunal que as partes conseguiram chegar a um consenso”, disse Brilliant durante a audiência.
Próximos passos e desafios futuros
Apesar do acordo, a Tupperware ainda enfrenta uma dívida superior a US$ 800 milhões. Os credores que estavam em disputa com a empresa representam mais de US$ 460 milhões dessa dívida, conferindo-lhes a maior parte da dívida de longo prazo.
Com o acordo em vigor, as partes agora trabalharão nos detalhes do contrato de venda. A expectativa é que retornem ao tribunal na próxima semana para a aprovação final da negociação. Esse processo envolve a venda da marca Tupperware e algumas de suas operações para os credores, garantindo a continuidade do negócio e preservando sua história de mais de 70 anos.
Além disso, o juiz Shannon destacou que essa venda não seguiu um formato típico, elogiando as partes pela abordagem criativa que adotaram durante as negociações. “Agradeço o envolvimento das partes em questões difíceis e a abordagem criativa que desenvolveram”, afirmou Shannon.
