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Intenção de Consumo das Famílias registra queda pelo quarto mês

A Intenção de Consumo das Famílias caiu 0,6% em outubro, com desafios econômicos e alta da Selic afetando as perspectivas de consumo.
Imagem de uma loja em um centro de uma grande cidade com uma mulher passando em frente para representar a matéria sobre o Consumo das Famílias no Brasil)
(Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou uma queda de 0,6% em outubro na comparação com setembro, conforme dados ajustados sazonalmente. Este é o quarto mês consecutivo de declínio, sendo o mais forte desse período. No comparativo anual, a redução foi de 1,2%. Apesar da queda, o indicador continua acima do nível de satisfação, com 103,2 pontos, embora seja o menor valor desde março deste ano, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Componentes do indicador apresentam queda no consumo das famílias

A CNC constatou que quase todos os componentes da Intenção de Consumo das Famílias registraram queda, com exceção da Perspectiva Profissional, que se mantiveram estáveis. O item com maior recuperação foi o Momento para Duráveis, apresentando uma redução de 1,8%, tanto na comparação mensal quanto na anual. O Emprego Atual continua sendo o item com maior pontuação, o que indica que, apesar da cautela, os trabalhadores ainda estão relativamente satisfeitos com o cenário atual do mercado de trabalho.

Consumidores demonstram cautela em relação ao futuro

De acordo com o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo.

 “O principal subindicador do índice foi a queda na intenção de consumo de bens retidos, que registrou um recuo de 1,8% na variação mensal. Além disso, a perspectiva de consumo no curto prazo também diminuiu 1,2% em outubro”, afirmou.

Ele acrescentou que a redução das expectativas em relação ao emprego tem sido um dos principais fatores que pressionaram a queda da intenção de consumo das famílias.

Cenário econômico desafiador impacta no consumo das famílias

Outro ponto relevante na análise mensal foi a queda de 4,2% na Perspectiva de Consumo, o que reflete os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil, como o aumento da Selic , que iniciou um novo ciclo de alta. A elevação da taxa de juros encarece o crédito, reduz o acesso ao crédito e desestimula o consumo das famílias. Além disso, as incertezas em torno das políticas fiscais do governo são ajustadas para o clima de apreensão entre os consumidores.

Impacto da insegurança no consumo atual

A instabilidade econômica, aliada às incertezas sobre o futuro do emprego e das finanças, faz com que as famílias adotem uma postura mais cautelosa e seletiva ao consumo. As instituições financeiras, por sua vez, têm suportado os critérios de concessão de crédito, o que limita ainda mais o potencial de consumo.

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