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Estudo do Ipea revela distorção tributária no Brasil

Descubra as distorções tributárias no sistema brasileiro. Saiba como os mais ricos se beneficiam pagando proporcionalmente menos impostos
Imagem com Leão da Receita Federal à esquerda e um cidadão sombreado ao lado, com logo da RFB. Estudo do Ipea mostra distorção tributária no Brasil
Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

Um estudo publicado nesta terça-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que o sistema tributário brasileiro apresenta distorção tributária que beneficia os contribuintes maior poder aquisitivo, pois acabam pagando proporcionalmente menos impostos do que trabalhadores assalariados com rendimentos mais baixos.

A análise sobre distorção tributária, conduzida pelo economista Sérgio Wulff Gobetti, pesquisador do Ipea, aponta que “os rendimentos de capital são, em geral, menos tributados do que os do trabalho”, e destaca que “os mais ricos possuem uma maior parte de suas rendas oriundas de remuneração de capital, o que torna a incidência do imposto de renda pouco progressiva ou até regressiva no topo da pirâmide social”.

O estudo sobre distorção tributaria foca na cobrança do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), utilizando dados fornecidos pela Receita Federal.

Distorção tributária sobre renda

A pesquisa do Ipea sobre distorção tributária revela que cerca de 800 mil contribuintes com uma renda média de R$ 449 mil anuais pagam uma alíquota de 14,2%. Mas esse percentual é o mesmo aplicado a um trabalhador assalariado que recebe R$ 6 mil por mês.

Esse valor de 14,2% representa o limite máximo de tributação para os mais ricos. A partir desse ponto, a progressividade do sistema diminui e as alíquotas se reduzem gradualmente conforme os rendimentos aumentam. Isso também está incluso no estudo sobre distorção tributária.

Contribuintes que ganham em média R$ 1,053 milhão por ano, representando 1% dos mais ricos (cerca de 1,5 milhão de pessoas). Porém, pagam uma alíquota de 13,6%. Já aqueles com renda anual de R$ 5,295 milhões, que correspondem a 0,1% dos declarantes (153 mil pessoas), veem sua alíquota cair para 13,2%. Por fim, entre os super-ricos, com renda média de R$ 26,036 milhões anuais (aproximadamente 15 mil pessoas, 0,01% do total), a alíquota cai ainda mais, chegando a 12,9%. Portanto, esse quadro geral contribui para a distorção tributária no Brasil.

Dados de estudo do Ipea mostram distorção tributária na renda do brasileiro
Divulgação/Ipea
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