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Mercado de viagens corporativas cai 8,7%; qual a perspectiva para 2024?

O mercado de viagens corporativas no Brasil teve queda de 8,7% no faturamento no terceiro trimestre de 2024, totalizando R$ 3,3 bilhões. No entanto, o setor cresceu 10% em relação a 2019. Hotéis e locação de veículos se destacam, enquanto as companhias aéreas enfrentam desafios. A busca por soluções tecnológicas e práticas sustentáveis aumenta.
Mercado de viagens corporativas no Brasil têm um impacto econômico importante para todo o setor de turismo, movimentando diversos segmentos.
(Foto: Gustavo Fring/Pexels)

O mercado de viagens corporativas no Brasil registrou uma queda de 8,7% no faturamento no terceiro trimestre de 2024, movimentando um total de R$ 3,3 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Apesar dessa retração ser em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor ainda mostra força e deve experimentar crescimento nos próximos meses.

Comparação com o período pré-pandemia e perspectiva no ano

O faturamento do terceiro trimestre de 2024 cresceu 10% em relação a 2019, apesar da queda em relação a 2023. Em 2019, o valor registrado foi de R$ 2,992 bilhões. A quantidade de transações, porém, ainda não alcançou os níveis pré-pandêmicos. No período, foram registradas 5,058 milhões de transações, abaixo das 5,333 milhões de 2019, mas levemente acima dos 5,024 milhões de 2023. A gestão de viagens corporativas tem sido um tema constante, pois empresas buscam formas de reduzir custos e aumentar a eficiência de suas políticas de viagens.

Humberto Machado, diretor executivo da Abracorp, afirma que os resultados estão alinhados com as expectativas do setor. Segundo ele, o faturamento pode chegar a R$ 15 bilhões até o final do ano. Esse montante tornaria 2024 um dos anos mais representativos, mesmo com os desafios observados no mercado de viagens corporativas.

Setores com melhor desempenho em setembro no setor de viagens corporativas no Brasil

Em setembro, o faturamento total do setor de viagens corporativas foi de R$ 1,179 bilhão, uma redução de 6,7% em relação ao mesmo período de 2023, mas com um crescimento de 18% quando comparado ao mesmo mês de 2019. As companhias aéreas registraram faturamento de R$ 692 milhões, quase igualando os R$ 690 milhões de 2019. No entanto, o valor permanece inferior aos R$ 818 milhões obtidos em 2023.

O segmento de hotéis foi destaque, alcançando R$ 355 milhões em faturamento, superando os R$ 322 milhões de 2023 e os R$ 249 milhões de 2019. O setor de locação de veículos apresentou um bom desempenho, com faturamento de R$ 30 milhões somente no mercado de viagens corporativas no Brasil. Esse valor representa quase o dobro do registrado nos mesmos meses antes da pandemia, embora fique ligeiramente abaixo dos R$ 32 milhões alcançados em 2023.

A redução de custos em viagens de negócios continua sendo uma prioridade, e o uso de tecnologia pode ajudar empresas a encontrar soluções para otimizar suas despesas.

Alta nos preços das passagens aéreas e sustentabilidade

Os aumentos nos preços das passagens têm influenciado a duração das viagens. Segundo estudo da Viajala, o preço médio das viagens nacionais aumentou 18% entre julho de 2023 e julho de 2024. Esse cenário tem levado os brasileiros a optarem por viagens mais curtas. O tempo médio da duração das viagens domésticas caiu de 14 para 10 dias, uma redução de 28,5%.

Além disso, o impacto das videoconferência tem reduzido a necessidade de deslocamentos e ainda garantindo uma abordagem com mais sustentabilidade e econômica para as empresas. Essas práticas de sustentabilidade têm sido cada vez mais adotadas no mercado de viagens corporativas no Brasil, trazendo ganhos ao ambiente e reduzindo o impacto financeiro para as empresas.

Em setembro, de acordo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IGBE, no grupo Transportes, as passagens aéreas registraram aumento nos preços de 4,51%.

Situação das companhias aéreas

As três principais companhias aéreas brasileiras estão enfrentando desafios financeiros. A Gol e a Azul reportaram prejuízos substanciais no segundo trimestre de 2024. A Gol comunicou um prejuízo elevado de R$ 3,9 bilhões, enquanto a Azul contabilizou um resultado negativo de R$ 3,8 bilhões. Por outro lado, o Grupo Latam, que mantém liderança no mercado aéreo brasileiro, apresentou lucro líquido de US$ 146 milhões e aumentou sua participação de mercado para quase 39% nas viagens domésticas.

O impacto econômico no mercado de viagens corporativas

As viagens de negócios têm um impacto econômico importante para todo o setor de turismo, movimentando diversos segmentos. Hospedagem, aluguel de veículos, passagens aéreas, bares, restaurantes, entretenimento e eventos como feiras e congressos ganham destaque nesse contexto. Cada um desses setores se beneficia diretamente da demanda gerada por profissionais em deslocamento, fortalecendo a economia e impulsionando o turismo.

Os empresários estão atentos ao aumento dos custos de passagens aéreas corporativas e buscam soluções para viagens corporativas que possam oferecer melhores condições e vantagens econômicas.

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