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Ibovespa cai após eleição de Donald Trump; Wall Street fecha em alta

Após a vitória de Donald Trump, o Ibovespa recua e Nova York sobe com otimismo de políticas econômicas, impactando bolsas e câmbio.
Em maio, ações do Ibovespa tiveram forte volatilidade. AZZA3 liderou os ganhos e AZUL4 despencou após pedir recuperação judicial.
(Imagem: divulgação/B3)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. A mudança gerou novas incertezas sobre o fluxo de capital estrangeiro para mercados emergentes, como o Brasil. Em contrapartida, as bolsas de Nova York bateram recordes, impulsionadas por expectativas de políticas econômicas mais flexíveis e pró-mercado.

Queda no Ibovespa e o impactos no câmbio

Nesta quarta-feira, o Ibovespa encerrou o pregão com uma queda de 0,24%, fechando aos 130.340,92 pontos. Durante o dia, o índice atingiu a mínima de 128.822,16 pontos, uma redução de 1,41%. Esse desempenho reforça o temor de retração de capital para países emergentes, devido ao histórico de protecionismo de Donald Trump. O dólar à vista também foi impactado, fechando com queda de 1,26%, cotado a R$ 5,6759.

No mercado interno, dados econômicos e discussões em Brasília sobre o novo pacote fiscal influenciaram a bolsa. A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,343 bilhões em outubro. É uma queda de 52,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O valor ficou abaixo das projeções de mercado.

Foco em medidas fiscais e expectativas para juros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o compromisso do governo em fortalecer o arcabouço fiscal. Ele fez essa afirmação após reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo espera discutir novas medidas fiscais com líderes do Congresso nas próximas semanas.

Outro ponto de atenção é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O mercado espera uma alta de 50 pontos-base na taxa Selic, atualmente fixada em 10,75% ao ano.

Ações do Ibovespa sob efeito da eleição dos EUA

Algumas empresas brasileiras sentiram o impacto direto das eleições americanas. A Gerdau (GGBR4), por exemplo, subiu quase 10% durante o pregão do Ibovespa. A expectativa de políticas de infraestrutura nos EUA impulsiona a demanda por aço, beneficiando empresas do setor. Já Embraer (EMBR3) também registrou ganhos, enquanto Carrefour Brasil (CRFB3) e RD Saúde (RADL3) devolveram parte dos ganhos da véspera.

No setor de commodities, os papéis da Vale (VALE3) foram pressionados pela queda de 0,76% no minério de ferro. A redução mostra as incertezas trazidas pelo protecionismo defendido pelo presidente eleito.

Wall Street bate recordes com otimismo de cortes de juros

Nos EUA, os mercados receberam a vitória de Donald Trump com entusiasmo. Os índices de Wall Street alcançaram novos recordes intraday. O S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 2,53%, 3,57% e 2,95%, respectivamente. Investidores estão otimistas com as promessas de menores regulamentações e cortes de impostos.

Agora, o foco se volta para a reunião do Federal Reserve, entre 6 e 7 de novembro. O mercado aguarda um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, a decisão será anunciada amanhã. A coletiva de imprensa com o presidente do Fed, Jerome Powell, deve esclarecer os próximos passos da política monetária americana.

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