O governo federal apresentará uma nova meta do Brasil de redução de emissões de gases de efeito estufa que na COP29, em Baku, Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro. O vice-presidente Geraldo Alckmin representará o país no evento e formalizará a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), reforçando o compromisso com o Acordo de Paris.
Nova meta de redução de emissões
A nova NDC define uma meta de redução das emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, com base nos níveis de 2005. Esse compromisso corresponde a uma redução absoluta entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente, contribuindo para manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC e direcionando o Brasil rumo à neutralidade climática até 2050.
Integração entre planos climáticos e apoio dos Três Poderes
De acordo com comunicado oficial divulgado neste sábado (09), a nova meta climática do Brasil representa um marco para a transformação do modelo de desenvolvimento do país, impulsionando ações estratégicas como o Plano Clima, o Plano de Transformação Ecológica e o Pacto entre os Três Poderes. Com a revisão da NDC, o Brasil eleva a ambição para alcançar uma redução de emissões de até 29% superior à meta anterior para 2030, com ajustes para fatores externos e incertezas futuras.
O Plano Clima, orientador das ações climáticas brasileiras até 2035, inclui sete planos setoriais de mitigação e 16 de adaptação. Seu financiamento será realizado por meio de mecanismos como o Fundo Clima, Títulos Soberanos Sustentáveis, Eco Invest Brasil, a Taxonomia Sustentável Brasileira e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
Prioridade no combate ao desmatamento
O combate ao desmatamento continua sendo uma das principais prioridades climáticas do governo. De agosto de 2023 a julho de 2024, a Amazônia registrou uma queda de 30,63% no desmatamento, atingindo 6.288 km² — a maior redução em 15 anos. O Cerrado também apresentou uma redução de 25,7% no mesmo período, alcançando o menor índice desde 2019.
Além dessas ações, o governo destacou iniciativas complementares, como o Plano ABC+, o Programa de Recuperação de Pastagem Degradada, o Plano de Transição Energética, o Programa Nova Indústria Brasil e o Planaveg, que somam esforços aos compromissos de mitigação e adaptação.