A Hapvida (HAPV34) divulgou o balanço financeiro do terceiro trimestre de 2024, nesta terça-feira (12). A empresa teve um lucro ajustado de R$ 324,5 milhões, um aumento de 24,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por ganhos relacionados à amortização de intangíveis. Esse desempenho contrasta com o prejuízo de R$ 71,3 milhões registrado no mesmo trimestre do ano passado, quando desconsiderados os ajustes, é uma melhoria de 65,5% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
O balanço financeiro da Hapvida: crescimento da receita líquida
O avanço na receita líquida sustentou o crescimento do lucro ajustado da Hapvida, alcançando R$ 7,337 bilhões no trimestre, uma alta de 6,6% em relação ao ano anterior. Esse crescimento se deve, em grande parte, a reajustes nas linhas de Planos de Saúde e Odontológicos, essenciais para manter o equilíbrio financeiro e ajustar o ticket médio, segundo a companhia.
Apesar de uma queda no número de benéficos, a estratégia de reajustes e controle de custos permitiu um crescimento, superando os efeitos sazonais do período. A empresa também optou por descontinuar algumas linhas de negócio, focando em áreas de maior rentabilidade.
Ajustes no Ebitda e controle de sinistralidade
O Ebitda ajustado da Hapvida foi de R$ 762,6 milhões, registrando um aumento de 2,8% em relação ao terceiro trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada ficou em 10,4%, uma redução de 0,4 pontos percentuais. A empresa destacou que o aumento na receita e o controle de custos foram fatores-chave para esses resultados. Contudo, a verticalização e o controle de sinistralidade também tiveram papel essencial, permitindo uma redução de 3,1 pontos percentuais na caixa de sinistralidade.
Esses resultados refletem os esforços da Hapvida na realização de ajustes contratuais, uma estratégia direcionada a garantir a sustentabilidade financeira frente ao aumento de custos.
Despesas e dívida no balanço financeiro da Hapvida
No balanço financeiro, a Hapvida registrou uma despesa financeira líquida de R$ 261,7 milhões no terceiro trimestre, uma melhoria de 29,5% em comparação ao ano anterior, atribuída principalmente à redução das despesas financeiras. Já os custos administrativos somaram R$ 824,2 milhões, 11,2% da receita líquida, um aumento em relação aos 8,9% de um ano antes.
A dívida líquida da companhia recuou para R$ 4,077 bilhões, uma queda de 6,2% em relação ao segundo trimestre de 2024. Por fim, a geração de caixa operacional impulsionou esse declínio, impedindo a relação dívida líquida/Ebitda de 1,03 para 0,97.