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Inflação na Argentina atinge nível menor em três anos

A inflação na Argentina registra queda histórica, fortalecendo a gestão Javier Milei e impulsionando negociações com o FMI para melhores condições econômicas.
A inflação na Argentina caiu para 2,2% em janeiro, menor nível desde 2020. A política econômica de Milei impacta preços e gera expectativa sobre o futuro.
(Imagem: Pixabay)

A inflação na Argentina diminuiu mais do que o esperado em outubro, atingindo o menor patamar dos últimos três anos. Esse resultado representa uma vitória para o governo do presidente Javier Milei. A taxa de inflação ao consumidor subiu 2,7% em outubro em relação a setembro, abaixo da expectativa de 3% dos economistas, conforme dados oficiais divulgados pelo governo argentino.

Esse retorno levou a inflação anual da Argentina para 193%, a primeira vez que ficou abaixo de 200% desde que Javier Milei assumiu a presidência. O ministro da Economia, Luis Caputo, destacou em evento na Bolsa de Valores de Buenos Aires: “Estamos no melhor momento desde a posse do presidente”. Esse movimento de desaceleração é um passo importante para o país, que havia enfrentado uma inflação mensal recorde de 25,5% em dezembro.

Fortalecimento de alianças internacionais e apoio dos EUA

Recentemente, Javier Milei conversou com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para parabenizá-lo pela vitória e planejar uma reunião durante a Conferência de Ação Política Conservadora. Esse encontro entre líderes poderá contribuir para as negociações da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI), já que os EUA são os principais acionistas do Fundo. O governo argentino busca revisar o empréstimo atual de US$ 44 bilhões, transferindo a concessão de condições mais vantajosas.

A Argentina também gerencia sua moeda com uma taxa de desvalorização de 2% ao mês, o que auxilia no controle da inflação. Além disso, o recente programa de repatriação de capital, que trouxe mais de US$ 20 bilhões ao país, ajudou a reduzir a diferença entre as taxas de câmbio oficiais e paralelas para cerca de 16%, o que contribui para uma redução nos preços.

Inflação da Argentina: compromisso com superávit fiscal e controle de despesas

Outro ponto-chave na desaceleração inflacionária é o compromisso do governo com um orçamento equilibrado. Em outubro, a Argentina registrou superávit fiscal enquanto prosseguia com políticas de ajustes em impostos e tarifas de serviços básicos. No mês passado, foram reajustadas as tarifas de transporte público em Buenos Aires e de serviços como água e gás, além da redução do imposto sobre esses preços de 17,5% para 7,5%.

Desde o início do mandato de Javier Milei, houve cortes em despesas públicas, o que gerou a sexta recessão do país em uma década. No entanto, a atividade econômica iniciou um retorno aos níveis anteriores, e o crescimento salarial tem superado a inflação desde abril. 

Com a economia dando sinais de recuperação e a inflação em queda, a Argentina adota cautela em relação à suspensão dos controles cambiais. Segundo Luis Caputo, as condições para remover esses controles estão melhorando, mas o governo ainda não tem pressa para realizar mudanças drásticas.

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