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Exportação do Brasil para Argentina tem forte queda; entenda

Exportação do Brasil para Argentina tem forte queda; entenda
(Foto: Kelly/Pexels).

A interação comercial entre Brasil e Argentina no começo de 2024 evidenciou um recuo expressivo. As exportações brasileiras destinadas ao país vizinho totalizaram US$ 1,71 bilhão nos meses de janeiro e fevereiro, o que representa uma diminuição de 28,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando alcançaram US$ 2,37 bilhões. Esses dados foram compartilhados pelo Indicador de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic).

Economistas apontam as políticas implementadas pelo presidente argentino, Javier Milei, especialmente o choque de preços, como principais causas dessa redução. Eles preveem que a demanda por produtos brasileiros só começará a se recuperar no final do ano. Atualmente, a economia argentina passa por uma fase de ajuste, marcada por um consumo reduzido e uma inflação ainda elevada, o que tem resultado em uma diminuição das importações.

Além disso, as importações brasileiras procedentes da Argentina também sofreram uma queda, passando de US$ 1,77 bilhão no início de 2023 para US$ 1,51 bilhão no mesmo período em 2024. Correspondentemente, o saldo comercial do Brasil com a Argentina diminuiu, indo de US$ 604 milhões para US$ 192 milhões.

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Detalhando os primeiros dois meses do ano, observa-se que a principal causa da queda nas exportações brasileiras para a Argentina foi a redução na quantidade de produtos exportados. Bens intermediários, como insumos e matérias-primas, apresentaram uma redução de 34,2%, e bens de consumo duráveis, incluindo veículos, caíram 20,8%. Por outro lado, o preço médio total dos produtos exportados aumentou 2,2%. Em contrapartida, nas importações brasileiras de produtos argentinos, houve uma queda de 5,1% nos preços médios, enquanto a quantidade importada diminuiu em 9,7%.

Fernando Furci, gerente geral da Câmara de Importadores da República Argentina (Cira), explicou a situação atual. “A Argentina passa por reacomodação de sua macroeconomia. Começamos um processo de mudança em que há queda de demanda, processo inflacionário persistente, mas que decresce, e queda do consumo, o que se traduz em menos importações”, disse.

Essa fase de ajuste econômico na Argentina está diretamente impactando o comércio bilateral, com a expectativa de uma redução ainda maior nas importações argentinas. Isso reflete os desafios enfrentados na gestão econômica do país. A situação atual sinaliza um período de transição tanto para a Argentina quanto para seus parceiros comerciais, como o Brasil, que observa um declínio em suas exportações para o país vizinho.

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