Nesta terça-feira (19), o peso argentino atingiu pela primeira vez o valor de 1.000 por dólar. A desvalorização foi autorizada pelo Banco Central da República Argentina (BCRA), que vem promovendo ajustes controlados na taxa de câmbio.
No período da manhã, o dólar registrou alta de 0,35% em relação à moeda argentina, sendo cotado a 1.002 pesos. Ao mesmo tempo, no Brasil, o dólar era negociado a R$ 5,76, o que representa uma valorização de 0,4% em relação ao real.
O movimento mostra uma política de controle monetário do BCRA, que permite uma desvalorização mensal de aproximadamente 2% do peso. Com essa abordagem, a instituição acumulou um saldo positivo de US$ 20.237 bilhões em reservas desde que Javier Milei assumiu a presidência em dezembro de 2023.
Peso argentino: notas de 20 mil pesos ajudam a reduzir custos
Para reduzir despesas operacionais e melhorar o sistema financeiro, o governo argentino, na última semana, lançou cédulas de 20 mil pesos. A nova cédula é para diminuir a quantidade de notas em circulação, o que impacta positivamente os custos de impressão e reduz a manutenção de caixas eletrônicos.
De acordo com um comunicado oficial, notas de maior valor tem poucas substituições e tem uma logística de transporte menor, gerando economia. Antes disso, a maior denominação disponível era a cédula de 10 mil pesos, lançada em maio de 2024.
A cédula faz parte de um plano divulgado no final de 2023, que prevê a introdução de notas de valores mais altos, como de 50 mil pesos, para enfrentar a inflação elevada.
Inflação dá sinais de desaceleração
Embora a inflação na Argentina permaneça em níveis altos, os dados mais recentes mostram uma tendência de queda. O índice acumulado em 12 meses alcançou 193% em outubro, a vez em quase um ano que ficou abaixo de 200%, conforme relatado pelo Indec, instituto oficial de estatísticas do país.