O terceiro trimestre de 2024 destacou o bom desempenho das empresas não financeiras da B3, com lucro consolidado avançando 53% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Elos Ayta. Essa recuperação mostra controle operacional eficiente e melhorias em custos, receita e rentabilidade.
Crescimento em receita e controle de custos das empresas na B3
As empresas comprovadas alcançaram receitas de R$ 1,08 trilhão, com um aumento de 12,03%. Os custos cresceram 12,86%, atingindo R$ 796,9 bilhões, mantendo uma margem estável. Esse equilíbrio operacional demonstra esforços para controlar a inflação de custos e preservar margens competitivas.
Essa atuação foi impulsionada por gestos focados em eficiência, garantindo que as empresas permaneçam resilientes mesmo diante de oscilações no mercado.
Lucro operacional impulsionado por eficiência
O lucro operacional (EBIT) chegou a R$ 188,5 bilhões, uma alta de 22,09%. Esse avanço foi sustentado por uma redução nas despesas operacionais (-7,37%). Como resultado, a margem EBIT aumentou 1,43 pontos percentuais, evidenciando a capacidade das empresas de maximizar a rentabilidade mesmo em um cenário desafiador.
Redução de despesas financeiras e impacto cambial
Com uma queda de 29,63% nas despesas financeiras, totalizando R$ -46,5 bilhões, as empresas listadas na B3 se beneficiam do impacto favorável da valorização cambial. A redução no dólar PTAX (-1,99%) contribuiu para aliviar os custos financeiros atrelados à moeda estrangeira e trouxe vantagens às exportadoras.
Lucro líquido e dividendos em alta
O lucro líquido das empresas somou R$ 103,5 bilhões, com a distribuição de dividendos alcançando R$ 148,5 bilhões (+228,05%). Empresas como Petrobras e Vale lideraram esse movimento, reforçando a atratividade do mercado para investidores.
No entanto, os especialistas apontam para o desafio de equilibrar reinvestimentos e distribuição de lucros, importante para sustentar o crescimento futuro.
Endividamento e liquidez sob análise das empresas da B3
Embora o financiamento bruto tenha aumentado 10,33%, o reforço de caixa, que subiu 14,63%, atingindo R$ 736,5 bilhões, trouxe maior liquidez ao setor. Essa estratégia apresenta-se como uma medida preventiva diante de incertezas econômicas ou uma oportunidade para expandir no futuro.