A taxa de desemprego no Brasil caiu em sete das 27 unidades da federação no terceiro trimestre de 2024, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre julho e setembro, a taxa atingiu 6,4%, o menor índice da série histórica, iniciada em 2012.
Nos demais 20 estados, a taxa se manteve estável, poucas oscilações. A pesquisa apontou ainda que, no período, o número de desocupados caiu 7,2%, totalizando 7 milhões de pessoas.
Estados com maior e menor desemprego no Brasil
Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia registraram as menores taxas de desemprego, respectivamente 2,8%, 2,3% e 2,1%. Já as maiores taxas foram observadas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%).
No total, apenas seis estados ficaram abaixo da média nacional de desemprego de 6,4%. Esses números mostram diferenças econômicas e dinâmicas regionais, como o crescimento de atividades econômicas específicas.
Desemprego nas cinco regiões no Brasil
As cinco grandes regiões brasileiras reduziram o desemprego entre o segundo e terceiro trimestres de 2024. Veja a entrega das taxas:
- Norte: de 6,9% para 6,6%;
- Nordeste: de 9,4% para 8,7%;
- Centro-Oeste: de 5,4% para 4,9%;
- Sudeste: de 6,6% para 6,2%;
- Sul: de 4,7% para 4,1%.
A taxa de 6,4% nacional também foi impulsionada pelo aumento de 1,2% na população ocupada, que chegou a 103 milhões de pessoas. Esse número é um recorde, sinalizando recuperação gradual do mercado de trabalho.
Crescimento econômico e renda
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, o aumento da ocupação está relacionado à expansão de atividades econômicas, impulsionado pelo consumo das famílias desde 2022. Os trabalhadores receberam, em média, R$ 3.227 no trimestre encerrado em setembro. Esse valor manteve-se estável em relação ao período anterior, mas aumentou 3,7% em comparação ao mesmo trimestre de 2023.
Esses resultados reforçam o impacto da retomada econômica no mercado de trabalho, embora as taxas de desemprego ainda variem entre os estados.