A estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltd. comprou a Mineração Taboca S.A., localizada no interior do Amazonas, por US$ 340 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões). O grupo peruano Misur, acionista majoritário da Taboca, intermediou a operação da compra da Mina de Pitinga. A confirmação da venda ocorreu na última terça-feira (26)
A Mina de Pitinga, principal ativo da Taboca, é conhecida como a maior reserva de urânio do Brasil. O local é em Presidente Figueiredo, a 300 km de Manaus. Urânio é um elemento químico usado na geração de energia nuclear. Segundo a Taboca, a transação irá fortalecer a competitividade da empresa por meio de acesso a novas tecnologias e maior capacidade produtiva.
A negociação, no entanto, gerou reações críticas. Alguns parlamentares estão preocupados com a influência da China em áreas importantes e alertam sobre o impacto na natureza e no turismo local.
O Que é a Mina de Pitinga?
Localizada no Amazonas, a Mina de Pitinga abriga uma das maiores reservas de estanho do mundo. Suas operações começaram na década de 1980, após descobertas realizadas por estudos geológicos na região. Além de estanho, o local contém minerais estratégicos como nióbio e tântalo.
A infraestrutura desenvolvida ao longo dos anos inclui uma comunidade autossuficiente, com moradias, escolas e serviços básicos para os trabalhadores. Apesar de avanços tecnológicos e produtivos, a mineração na área enfrenta desafios relacionados ao desmatamento e à gestão de rejeitos.
Participação da China no Brasil
A estatal chinesa China Nonferrous Mining Co., conhecida por sua atuação global na mineração de metais como cobre, avança no setor mineral brasileiro com a aquisição da Mineração Taboca. A estratégia inclui diversificar seus ativos em mercados emergentes, fortalecendo sua presença internacional.