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Taxa de desemprego no Brasil atinge menor nível da história

O desemprego no Brasil caiu para 6,2%, o menor índice já registrado, com 103,6 milhões de pessoas ocupadas e informalidade em alta.
Imagem de uma carteira de trabalho para ilustrar uma matéria do mercado de trabalho.-- --- Desemprego no Brasil
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A taxa de desemprego no Brasil, no trimestre de agosto a outubro de 2024, alcançou o menor nível da história: 6,2% da força de trabalho, o equivalente a 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego. Esse resultado é o menor número de desocupados desde dezembro de 2014, refletindo recordes sucessivos no mercado de trabalho.

O Brasil atingiu 103,6 milhões de pessoas ocupadas, o maior contingente já registrado. De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

  • 53,4 milhões no setor privado, com 39 milhões com carteira assinada e 14,4 milhões sem carteira .
  • 12,8 milhões no setor público, também um recorde.

O nível de ocupação, que representa a proporção de pessoas acima de 14 anos empregadas, chegou a 58,7%, o maior da série histórica.

Setores que lideraram a criação de empregos

Três setores contribuíram para o crescimento do emprego no trimestre:

  • Indústria: alta de 2,9% (381 mil novos postos).
  • Construção: crescimento de 2,4% (183 mil novos postos).
  • Outros serviços: aumento de 3,4% (187 mil novos postos).

Esses setores somam 751 mil novas vagas, quase metade dos 1,6 milhão de novos empregos criados no trimestre. A Construção se destacou ao registrar sua maior expansão em 2024, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.

Comparando com o mesmo trimestre de 2023, sete setores registraram crescimento no número de trabalhadores:

  1. Indústria (+5%, ou 629 mil novos empregos).
  2. Construção (+5,1%, ou 373 mil).
  3. Comércio (+3,3%, ou 623 mil).
  4. Transporte (+5,7%, ou 316 mil).
  5. Informação e Comunicação (+4,5%, ou 563 mil).
  6. Administração pública e saúde (+4,4%, ou 802 mil).
  7. Outros serviços (+7,2%, ou 382 mil).

Por outro lado, a Agricultura perdeu 446 mil postos (-5,3%), enquanto os setores de Serviços domésticos e Alojamento e alimentação resultaram.

A informalidade cresce e atinge maior contingente da série

A taxa de informalidade subiu para 38,9%, o que representa 40,3 milhões de trabalhadores informais, o maior número desde 2016. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento de trabalhadores sem carteira assinada, enquanto o número de trabalhadores por conta própria (25,7 milhões) manteve-se estável.

Rendimento e massa salarial em alta

Rendimento médio real

  • R$ 3.255, sem variação no trimestre, mas com alta de 3,9% no ano.

Massa de rendimento real

  • R$ 332,6 bilhões, um crescimento de 2,4% no trimestre (R$ 7,7 bilhões) e 7,7% no ano (R$ 23,6 bilhões).

Adriana Beringuy destacou que o aumento da massa de rendimento mostra o maior número de pessoas empregadas, mesmo sem mudanças no rendimento médio.

Sobre a pesquisa PNAD Contínua

  • Os dados da PNAD Contínua são coletados em 211 mil domicílios de 3.500 municípios, com a participação de mais de dois mil entrevistados.
  • Durante a pandemia, as entrevistas foram realizadas por telefone, mas retornaram ao formato presencial em julho de 2021.
  • A próxima atualização, referente ao trimestre encerrado em novembro, será divulgada em 27 de dezembro.
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