Os preços ao produtor no Brasil ganham novo impulso em março, com alta de 0,35%, destacando a influência do setor químico na economia nacional. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um cenário de recuperação de preços na indústria após um período de quedas.
Impacto do setor químico
A alta nos preços ao produtor no Brasil foi fortemente influenciada pelo setor químico, que registrou um aumento de 2,06%. Este crescimento é atribuído aos custos elevados dos derivados do petróleo e a uma demanda robusta, especialmente da China. O analista do Índice de Preços ao Produtor (IPP), Murilo Alvim, aponta que a alta nos preços do petróleo e desafios logísticos globais têm pressionado os custos dos produtos químicos, como nafta e resinas, essenciais para a fabricação de plásticos. “O que pautou essa alta foram os produtos derivados da cadeia de petróleo. Estamos vendo uma alta nos preços do barril de petróleo nos últimos meses, com isso há uma pressão via custos de aumento dos preços dos derivados” disse o analista.
Participe do nosso canal no WhatsApp e fique sempre atualizado!! Entre AQUI: https://chat.whatsapp.com/F9RHuEDvoA94uXNAZ7LDRm
Outras variações setoriais
Além do setor químico, outras áreas também mostraram variações nos preços. O setor de vestuário viu um aumento de 2,65%, enquanto papel e celulose subiram 1,92%. Por outro lado, o segmento de perfumaria, sabões e produtos de limpeza teve uma queda de 1,46%, refletindo a variabilidade no comportamento dos preços entre diferentes setores.
Desafios no setor alimentício
Contrastando com a tendência de alta, o setor de alimentos apresentou uma queda de 0,38%, marcando o terceiro mês consecutivo de redução. Segundo Alvim, isso indica uma deflação dos produtos alimentícios no lado do produtor industrial, uma condição que merece atenção para entender as dinâmicas de preços na economia brasileira. “O setor de alimentos teve quedas em todos os meses de 2024″ pontuou o analista. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.