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Apae de Bauru é investigada por esquema de desvio milionário

Caso da Apae de Bauru expõe corrupção milionária e ligação com assassinato de Cláudia Lobo. Oito presos e buscas em andamento.
Joias apreendidas na operação de roubo milionário da APAE de Bauru.
(Imagem: Anderson Camargo / TV TEM)

Na tranquilidade do cotidiano de Bauru, uma entidade reconhecida por sua contribuição social enfrenta um dos momentos mais delicados de sua história. A recente operação da Polícia Civil revelou um esquema de desvio de verbas milionárias envolvendo membros da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru.

Investigações e prisões na Apae de Bauru

A Polícia Civil, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), deflagrou, nesta terça-feira, uma operação que resultou na prisão de oito pessoas relacionadas a desvios de recursos públicos na Apae de Bauru. Além disso, entre os detidos estão familiares e conhecidos de Cláudia Lobo, secretária executiva da instituição, que está desaparecida desde agosto e é considerada, até o momento, possivelmente assassinada.

A operação incluiu mandados de prisão e de busca e apreensão em 18 endereços, além de bloqueio de bens, apreensão de veículos, joias e dinheiro. Entre os detidos está o ex-presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, já preso desde agosto sob acusação de assassinato de Cláudia.

O caso do desaparecimento de Cláudia Lobo

O desaparecimento de Cláudia, portanto, se tornou o ponto de partida para investigações mais profundas. Conforme apurado pela Polícia, Cláudia foi assassinada por Roberto dentro de um carro da entidade, com um disparo que, infelizmente, resultou em seu falecimento. Além disso, as evidências apresentadas incluem câmeras de segurança, registros de chamadas e depoimentos de pessoas envolvidas no caso.

Dilomar Batista, ex-funcionário da Apae de Bauru, confessou ter ajudado a ocultar o corpo sob ameaça de Roberto. Ele afirmou ter incinerado os restos mortais de Cláudia e espalhado as cinzas em áreas de mata. Apesar disso, vestígios encontrados no local ainda aguardam confirmação pericial.

Corrupção na Apae de Bauru

As investigações revelaram que Roberto Franceschetti desviou verbas públicas destinadas à Apae de Bauru durante sua gestão entre 2022 e 2024. Práticas como pagamentos fictícios, disputas internas e má gestão financeira dominaram a rotina da instituição. Planilhas encontradas no computador de Cláudia sugerem inconsistências financeiras envolvendo diretamente Roberto.

A Apae, em nota oficial, destacou que a atual administração está colaborando com as investigações e reforçou seu compromisso com a transparência e continuidade dos serviços prestados nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Impactos e perspectivas

O caso não apenas abala a confiança na instituição, mas também levanta questões sobre a necessidade de maior fiscalização em entidades que recebem recursos públicos. A primeira audiência dos acusados está marcada para janeiro, e o desfecho desse caso pode trazer mudanças na gestão de organizações sem fins lucrativos em todo o país.

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