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Gol e Azul adiam fusão para 2025 – entenda as razões

Gol e Azul adiam fusão para abril de 2024, priorizando reestruturação financeira e redução de dívidas. O setor aéreo observa mudanças.
(Imagem: Aeroprints/Wikimedia Commons)

Os planos de união entre Gol e Azul, apurados pelo site Pipeline, foram adiados para 2025. As negociações mais firmes estão previstas a partir do mês de abril, quando as empresas devem concluir as etapas de reestruturação financeira e ajustes em suas operações.

Gol e Azul adiam tratativas de fusão

De acordo com o site Pipeline, a fusão entre Gol e Azul, considerada estratégica para o setor aéreo, depende do sucesso nos processos de reorganização financeira em curso. A Gol, atualmente em recuperação judicial nos Estados Unidos, apresentou um plano que inclui a conversão de US$ 2,55 bilhões de dívida em ações. Essa medida, aliada à captação de novos recursos, busca reduzir o endividamento líquido da companhia, que encerrou o terceiro trimestre em R$ 26,7 bilhões.

A Gol apresentará o plano do tribunal americano em janeiro, com conclusão prevista para abril. Além disso, a Gol planeja captar US$ 1,85 bilhão para quitar dívidas prioritárias e reforçar o capital de giro.

Já a Azul trabalha para captar US$ 500 milhões por meio de notas superprioritárias, garantindo prioridade no pagamento aos credores. A expectativa é que essa operação seja concluída no início de 2025.

O mercado reagiu às medidas da Gol

Apesar dos desafios financeiros, as ações da Gol subiram mais de 14%, mesmo com a perspectiva de diluição acionária devido à conversão de dívidas. Especialistas apontam que essa negociação embora, desafiadora, é importante para estabilizar a empresa.

Dada a estrutura acionária da Abra, controladora da Gol, que prioriza investidores de mercado, as conversas com a Azul devem se intensificar no segundo trimestre de 2025. Até lá, ambas as empresas esperam avançar em seus respectivos processos financeiros.

Desempenho financeiro recente da Gol e da Azul

A Gol, no balanço do terceiro trimestre, teve um prejuízo líquido de R$ 830 milhões, uma redução de 36% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar disso, o lucro operacional (Ebitda) foi de R$ 1.192 bilhões, uma queda de 4,6% em relação ao ano anterior. A companhia atribuiu parte dos resultados às tarifas insuficientes para compensar a desvalorização do real.

Já a Azul (AZUL4) teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma redução de 76,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 856 milhões. A empresa atingiu um recorde de Ebitda, totalizando R$ 1,65 bilhão, com um crescimento de 6% em relação a 2023 e elevação na margem operacional de 31,7% para 32,2%.

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