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Ibovespa cai 0,84% com preocupações com o cenário fiscal brasileiro

Queda do Ibovespa e alta histórica do dólar refletem tensões fiscais. Vale e Petrobras pesam, com cenário externo também no radar.
Imagem ilustrativa de ações no mercado financeiro e do Ibovespa, além disso, representa as moedas. Ibovespa em queda e mercado financeiro
(Imagem: Pixabay)

O Ibovespa encerrou a segunda-feira (15) em queda de 0,84%, aos 123.560,06 pontos, refletindo as preocupações com o cenário fiscal brasileiro. A percepção de que o pacote fiscal será apreciado apenas no próximo ano pelo Congresso ampliou a aversão ao risco entre investidores. Além disso, o dólar à vista registrou alta de 1,03%, fechando a R$ 6,0934, o maior valor nominal da história, mesmo com novas intervenções do Banco Central.

Pressão doméstica e cenário econômico

A tensão no mercado financeiro se intensificou após o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, apontar revisões para cima nas projeções de inflação e câmbio em 2024 e 2025. O documento, elaborado com base em expectativas de economistas consultados pelo Banco Central, veio logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano, reforçando o ambiente de cautela.

Em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater as medidas fiscais do governo. Após o encontro, o ministro destacou que Lula fez um apelo para que as propostas enviadas ao Congresso não sofram alterações.

Altas e quedas no Ibovespa

Entre os destaques do dia, as ações da Automob (AMOB3), que estrearam na B3 após a cisão de negócios com a Vamos, lideraram os ganhos do índice. No primeiro pregão, os papéis dispararam mais de 200%.

Já as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) seguiram em alta, impulsionadas pela especulação de uma possível fusão com a rede de supermercados Dia. A notícia ganhou força com a divulgação de que a Reag Trust Administradora de Recursos, ligada ao empresário Nelson Tanure, ampliou sua posição na varejista.

Por outro lado, os papéis da Vamos (VAMO3) sofreram queda superior a 8%, pressionados pela elevação da curva de juros, que tende a impactar negativamente os setores mais sensíveis ao crédito e ao consumo.

Os “pesos-pesados” do índice também contribuíram para a queda do Ibovespa. As ações da Vale (VALE3) registraram a quinta queda consecutiva, em meio a sinais de desaceleração da economia chinesa após a divulgação de dados fracos. O movimento ocorreu mesmo com o contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Dalian, na China, fechando o dia com alta de 0,50%, cotado a 802,5 yuans (US$ 110,26) por tonelada.

Na Petrobras (PETR4; PETR3), o cenário também foi de baixa. O desempenho fraco do petróleo no mercado internacional e o aumento da aversão ao risco no cenário doméstico penalizaram os papéis da estatal.

Cenário internacional: Fed e Wall Street

No exterior, os mercados norte-americanos mantiveram foco na última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) prevista para os dias 17 e 18 de dezembro. A expectativa predominante é de um corte de 25 pontos-base nos juros, que passariam para o intervalo de 4,25% a 4,50%.

O Nasdaq renovou seu recorde de fechamento, impulsionado pela forte valorização das ações da Broadcom. Os papéis da empresa de tecnologia subiram mais de 10% após a divulgação de uma projeção de receita trimestral acima das estimativas. A empresa também destacou o crescimento na demanda por chips de inteligência artificial, ultrapassando US$ 1 trilhão em valor de mercado pela primeira vez.

Enquanto isso, o Dow Jones caiu pelo oitavo pregão consecutivo, registrando a maior sequência de perdas desde 2020.

Fechamento dos índices em Nova York:

  • S&P 500: +0,38%, a 6.074,08 pontos
  • Dow Jones: -0,25%, a 43.717,48 pontos
  • Nasdaq: +1,24%, a 20.173,89 pontos

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