O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou R$ 25,7 bilhões para a reconstrução de 464 cidades gaúchas afetadas pelas tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano. Os recursos foram mobilizados entre junho e a semana passada, custeando 8.568 operações de crédito, mais de 5 mil garantias e a suspensão de pagamentos em 72 mil contratos.
Como foi a divisão do financiamento para a reconstrução do Rio Grande do Sul?
O financiamento, realizado através do programa BNDES Emergencial, destinou cerca de R$ 17,17 bilhões a empresas gaúchas afetadas pela tragédia climática. Foram R$ 11,8 bilhões (69%) direcionados a micro, pequenas e médias empresas. Já o Programa Emergencial de Acesso a Crédito Solidário alavancou R$ 3,76 bilhões em créditos, beneficiando 5.040 operações com produtores rurais e microempreendedores. Todo valor faz parte da reconstrução do Rio Grande do Sul.
A suspensão de pagamentos em contratos de financiamento totalizou R$ 4,77 bilhões, beneficiando 72 mil operações, das quais 75% se direcionaram a micro, pequenas e médias empresas, além de produtores rurais.
Quais as modalidades de créditos?
As modalidades de crédito voltadas para reconstrução do Rio Grande do Sul incluíram capital de giro para necessidades imediatas de caixa. Mas também aquisição de máquinas e equipamentos, e investimento e reconstrução de instalações físicas. Juntos, os setores de indústria, comércio e serviços responderam por cerca de 52% das operações.
O BNDES destacou como “emblemático” o apoio à RGE Sul Distribuidora de Energia, com R$ 1,4 bilhão, e à recuperação de infraestrutura, como o Aeroporto Internacional Salgado Filho (R$ 265 milhões). Além do Terminal Marítimo Luiz Fogliatto (R$ 373 milhões). O banco também financiou R$ 125 milhões para a concessionária Viasul. Tudo integrado para a reconstrução do Rio Grande do Sul.
O BNDES ressaltou que suas operações não só ajudaram a preservar empregos. Mas também contribuíram para a criação de novas vagas, como no caso da Astória Indústria de Papéis, que obteve R$ 54,7 milhões para modernização de seu parque industrial, gerando mais empregos e aumentando a produção.