A decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir os juros de 4,25% a 4,50% ao ano segue um movimento gradual adotado desde setembro. Foi o terceiro corte consecutivo, mas a incerteza ainda domina o cenário econômico dos Estados Unidos, influenciado pela agenda protecionista e conservadora do recém-reeleito Donald Trump.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) apontou que, embora a economia norte-americana continue forte, desafios como inflação acima da meta de 2% e um mercado de trabalho menos aquecido demandam atenção. A decisão de reduzir os juros desta quarta-feira, inclusive, não foi unânime, reforçando o cuidado do Fed em equilibrar crescimento e estabilidade econômica.
Como a redução dos juros do Fed afeta o Brasil?
O corte de juros nos Estados Unidos influencia diretamente os mercados emergentes, como o brasileiro. A taxa Selic foi recentemente elevada pelo Banco Central do Brasil, chegando a 12,25% ao ano. Essa alta é para conter os impactos de um cenário externo com desafios, incluindo a valorização do dólar, que segue acima de R$ 6.
O fortalecimento da moeda norte-americana reduz o apetite por investimentos no Brasil e pressiona a inflação local, especialmente em itens importados. Isso obriga o Banco Central a manter uma postura rígida para evitar descontrole nos preços.
Por outro lado, há preocupação sobre como os próximos passos do Fed podem intensificar essa dinâmica. Caso os juros nos EUA voltem a subir, o real tende a perder ainda mais valor, gerando novos desafios para a economia brasileira.
Mercado mundial
A ligação entre as economias é evidente: decisões tomadas em Washington têm reflexos no Brasil e outros mercados ao redor do mundo. Atualmente, para os investidores, a incerteza é algo que faz parte do cotidiano. Para o consumidor, o impacto aparece no bolso, com preços mais altos e crédito mais caro.









